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Como minimizar sintomas e quais as propostas terapêuticas disponíveis
O câncer é considerado uma doença crônica. Como propostas de tratamento existem as opções: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, imunoterapia. Um dos sintomas mais prevalentes relacionados ao tratamento quimioterapêutico e radioterapêutico é a fadiga relacionada ao câncer (FRC). Isso ocorre porque as terapias causam efeitos no metabolismo energético muscular, que predispõem à redução na capacidade de gerar força muscular. Outras causas também podem estar relacionadas à ocorrência da fadiga, como alterações da qualidade do sono, estresse e necessidade de períodos de internação hospitalar.
“A fadiga é definida e relatada pelos pacientes como um cansaço extremo ou sensação de exaustão, que impacta nas atividades cotidianas e na qualidade de vida. Os pacientes podem referir diminuição da energia e capacidade de realizar atividades físicas, além de efeitos emocionais, como redução da autoestima e autocuidado, diminuição da concentração e memória” afirma Laís Fonseca, fisioterapeuta e coordenadora assistencial da equipe multidisciplinar do IBCC Oncologia.
A FRC é reportada por até 90% das pessoas que são submetidas ao tratamento do câncer, ainda segundo a fisioterapeuta. Porém, é possível realizar abordagens interdisciplinares que auxiliam a controlar estes sintomas e evitar o impacto na qualidade de vida. Tais recursos podem ser farmacológicos ou não farmacológicos e ocorrem de acordo com a indicação do profissional médico responsável pelo tratamento.
As abordagens não – farmacológicas são feitas pelos profissionais:
“A adesão às propostas terapêuticas da equipe multidisciplinar é fundamental para o manejo adequado da fadiga e a redução do seu impacto na qualidade de vida e do tratamento do câncer”, complementa Laís Fonseca.
Durante o período de pandemia, há a dificuldade no comparecimento aos serviços de saúde, porém algumas adaptações podem ser realizadas, como os atendimentos virtuais e vídeos de orientação. O importante é se manter ativo na medida adequada, ter atenção à saúde física e mental, e, dessa forma, vencer o tratamento amenizando os impactos da fadiga no cotidiano.
Referências:
Manual de reabilitação em oncologia do ICESP/editores Christina May Moran de Brito et al. Barueri, SP: Manole,2014.
MARIANO, K.O.P.,et al.Análise da fadiga relatada e das forças musculares respiratória e periférica em indivíduos com câncer em tratamento. Revista Brasileira de Cancerologia. 2020; 66(4):e-091051
PINTO, S.S., et al. Exercício físico remoto e fadiga relacionada ao câncer de mama: uma intervenção em tempos da COVID-19.Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2020;25:e0152.