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Medicina Nuclear como parceira no combate ao câncer de mama

23 de julho

Estima-se 59.700 casos novos de câncer de mama no Brasil para cada ano do biênio  2018/2019, sendo só em São Paulo, 16.340 mil novos casos em 2018, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). A prevalência de câncer em mulheres jovens também vem aumentando em relação aos anos anteriores. A detecção do tumor ainda é feita com o uso da mamografia, pela disponibilidade, baixo custo e fácil análise, ferramentas essenciais quando se pensa em saúde pública.

O ultrassom vem logo depois, como um método complementar, também já consolidado na prática clínica. No entanto, em uma população de mulheres com mamas densas, jovens, portadoras de próteses mamárias, ou com mamas manipuladas cirurgicamente, a Ressonância Magnética deve ser considerada como essencial, principalmente quando existe história familiar de alto risco, segundo a dra Márcia Tavares, médica nuclear do IBCC.

“A Medicina Nuclear pode ajudar na detecção do câncer de mama, nos casos em que a ressonância é equívoca, colaborando para uma maior especificidade e menor possibilidade de falsos positivos. Está indicada para aquelas mulheres que possuem artefatos metálicos, insuficiência renal ou tem claustrofobia”, afirma a dra. Márcia Tavares.

A médica ainda explica que a cintilografia mamária, com cobertura pelo SUS e pelos planos de saúde agora ganhou maior sensibilidade com a introdução do equipamento MBI (Molecular Breast Imaging), que foi desenhado especialmente para estudos da mama. Tem desenho semelhante ao de um aparelho de mamografia, sem a necessidade de compressão da mama, apresentando boa detectabilidade e especificidade em lesões de alta atividade metabólica.

 

A Medicina Nuclear pode ajudar na detecção do câncer de mama, nos casos em que a ressonância é equívoca, colaborando para uma maior especificidade e menor possibilidade de falsos positivos, explica a Dra. Márcia Tavares.

O PEM (Positron Emission Mamography), é o PET dedicado à mama, que pode ser utilizado como ferramenta diagnóstica interessante, com utilização de materiais emissores de pósitron mais personalizados para cada tipo de tumor, como os receptores hormonais positivos, HER2 Positivos ou a glicose marcada (FDG-F18), para os casos de maior agressividade.

Além do diagnóstico especifico da mama, o estadiamento, principalmente nos casos mais avançados, acompanhamento de resposta a quimioterapia e suspeitas de recidiva do câncer já são avaliados pelos estudos de PET/CT (FDG-F18), com indicação consolidada nas diretrizes internacionais, inclusive com liberação pela ANS de código de procedimento disponível nos casos de câncer de mama metastático.

Outros estudos cintilográficos já são utilizados no estadiamento e acompanhamento das pacientes do câncer de mama há mais de três décadas e ainda são extremamente importantes para ajudar na tomada de decisões terapêuticas. A avaliação de metástases ósseas, pela cintilografia óssea e o acompanhamento da cardiotoxicidade de alguns quimioterápicos através da ventriculografia radioisotópica são exames diários do setor de medicina Nuclear.

Nos casos de cirurgia, a medicina Nuclear tem participação na marcação de lesões não palpáveis (ROLL) e pesquisa do linfonodo axilar de drenagem do tumor (linfonodo sentinela), além de auxiliar na sala de cirurgia com a utilização do equipamento portátil de detecção, o Gamma-probe.

Assim, com todo este arsenal de exames e intervenções a medicina nuclear faz parte da equipe multiprofissional que tem o papel, de juntos, oferecer  apoio e a melhor conduta no combate ao Câncer de Mama.

Diretora Médica: Dra. Lilian Arruda - CRM 147953    |    © Copyright 2023 | IBCC Oncologia