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O teste também identifica o local em que a doença se originou no corpo
Pesquisadores do Instituto do Câncer Dana-Farber, ligado à Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveram o primeiro exame de sangue capaz de detectar com precisão mais de 50 tipos de câncer e identificar em qual tecido a doença se originou, muitas vezes antes de haver sinais ou sintomas clínicos da doença.
A médica oncologista Dra. Suelen Martins, do IBCC Oncologia, acredita ser uma excelente notícia para a detecção do câncer, “principalmente em se tratando de tumores que não possuem exame de rotina para o diagnóstico precoce”, diz ela.
Em 12 tipos de câncer que são geralmente os mais mortais, entre eles canal anal, bexiga, intestino, esôfago, estômago, cabeça e pescoço, fígado, pulmão, ovário, pâncreas e linfomas, a verdadeira taxa positiva do teste foi de 67%. Vale lembrar que em último levantamento, esses tipos de câncer foram os responsáveis por mais de 110 mil mortes por ano no Brasil.
“O exame apresentou uma taxa de 0,7% de resultados falso positivos para detecção de câncer, ou seja, menos de 1% de erro e embora ainda não se possa utilizar o exame na prática clínica, visto ter sido um estudo inicial, ao se confirmar esses ótimos resultados poderemos proporcionar detecção precoce e uma maior chance de cura aos pacientes”, destaca a oncologista.
O exame atua a partir de porções de DNA livres, que ficam livremente passeando pelo sangue após uma célula, saudável ou não, morrer e liberar o material genético na corrente sanguínea. Quando essas frações de DNA são encontradas, o teste analisa os chamados perfis de metilação, processo em que um grupo molecular chamado metil se liga a um dos carbonos da fita de DNA, ajudando a ativar ou desativar genes específicos.
Células saudáveis têm um perfil de metilação bem diferente de células de tumores, ou seja, os lugares em que os grupos metil se ligam na sequência genética são distintos e característicos. Usando isso, é possível encontrar pedaços de DNA liberados especificamente por células de câncer no sangue dos pacientes, indicando a doença.
Foram avaliadas amostras de sangue de 6.689 participantes com câncer anteriormente não tratado (2482 pacientes) e sem câncer (4207 pacientes) nos Estados Unidos.