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O câncer de próstata não deve ser mais tratado como antigamente quando dispúnhamos apenas de poucas opções terapêuticas como bloqueadores hormonais centrais e alguns periféricos e estes últimos não impactavam em ganho de sobrevida, hoje é possível personalizar o tratamento de acordo com o perfil do paciente, estadiamento da doença e, juntamente com uma equipe multidisciplinar, aumentar a sobrevida da pessoa tratada com manutenção da qualidade de vida.
Os recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), revelam que no Brasil, os cânceres de mama e próstata estarão no segundo lugar com 66 mil casos cada, para o próximo triênio, independentemente da região do país, perdendo apenas para o de pele não melanoma que está estimado em 177 mil casos para cada um dos próximos três anos.
Todos sabemos que a incidência do câncer segue em crescimento na população mundial por diversas razões. Fatores como envelhecimento, aumento populacional, estilo de vida e desenvolvimento socioeconômico estão associados a essa nova realidade. Devido a essa alta ocorrência, faz-se necessária uma maior conscientização sobre a importância do acompanhamento e do diagnóstico precoce.
O rastreamento com exame de PSA vai depender do risco que cada paciente tem em ser diagnosticado com câncer de próstata, assim como a expectativa de vida dele. Para aqueles pacientes sem síndromes genéticas, geralmente inicia-se por volta dos 50 anos, nos casos de hereditariedade associada, o rastreamento é mais precoce, por volta dos 40 anos e a consulta com urologista é de grande valia.
Uma vez diagnosticado o câncer de próstata, o paciente deve ser classificado em risco de acordo com o valor do PSA, tamanho do tumor e Gleason (pontuação dada a um câncer de próstata baseada na aparência microscópica), o que determinará os possíveis tipos de tratamentos definitivos. Sempre importante uma discussão multidisciplinar que envolva urologista, oncologista, médico da área de radioterapia, entre outros conforme cada caso.
Entretanto, dados e pesquisas mostram que ainda que sejam altas as ocorrências, a mortalidade por câncer de próstata vem diminuindo, em razão dos avanços em exames de imagens para detecção precoce da doença feitos a distância, assim como muitos novos tratamentos em doenças avançadas com aumento de sobrevida global.
* Dra. Haila Bockis Mutti, oncologista clínica do IBCC Oncologia