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O IBCC Oncologia e outros onze centros de pesquisa de oito estados brasileiros poderão iniciar a III fase da pesquisa clínica Neosamba, desenvolvida pelo médico oncologista, José Bines, do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Isso porque a iniciativa do Projeto Cura, associação sem fins lucrativos que tem como objetivo levantar recursos para a pesquisa clínica contra o câncer, em parceria com pesquisadores desses oito centros de pesquisas, conseguiu angariar recursos por meio de doações para que essa próxima etapa fosse avançada.
A oncologista, pesquisadora e coordenadora médica do Centro de Pesquisa Clínica do IBCC Oncologia, Dra. Lilian Arruda, foi uma das investigadoras com maior engajamento pessoal para atingir a meta estabelecida pelo Projeto Cura para que se conseguisse dar prosseguimento aos estudos da Neosamba.
“A pesquisa clínica é essencialmente importante. Trata-se de um dos pontos mais efetivos no processo de restauração e melhora da qualidade de vida dos pacientes com câncer”, ressalta a médica acrescentando que “o Projeto Cura é algo formidável que usa eventos relacionados a arte como ferramentas de conscientização para a importância da pesquisa clínica no país”, finaliza Lilian.
O Projeto Cura é ligado ao Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG), organização sem fins lucrativos com sede em Porto Alegre), fundada em 2008, por um grupo de profissionais de saúde especializados em oncologia, que têm como objetivo desenvolver, conduzir e coordenar estudos acadêmicos e pesquisas clínicas na América Latina.
Vale destacar que estimativas do Inca divulgadas em fevereiro deste ano mostram que o Brasil terá 625 mil novos casos câncer em 2020, sendo as maiores ocorrências os de pele não melanoma, seguido por mama e próstata, com 69 mil cada.
Por isso, devolver a saúde a alguém com câncer envolve fatores diversos, desde o diagnóstico feito precocemente até um tratamento eficaz feito no e para o paciente.
Saiba mais sobre a pesquisa Neosamba – Trata-se de uma pesquisa 100% brasileira e 100% realizada com pacientes do SUS. Todas as etapas de desenho e condução do estudo foram e são realizadas pelos próprios investigadores. O Neosamba avalia uma maneira de impedir que o câncer de mama tipo HER2-negativo volte. A mudança na ordem dos medicamentos da classe das antraciclinas e taxano, que são algumas das drogas mais comuns utilizadas para a quimioterapia, é avaliada para saber se faria diferença na sobrevida das mulheres que tratam câncer de mama.
Pelos estudos, ficou sugerido que tratar essas mulheres primeiro com taxano e depois com antraciclinas, e não o contrário, como era o padrão anterior, poderia trazer ganhos significativos de sobrevida livre de progressão e, principalmente, de sobrevida global.
Durante a edição de 2018 da ASCO, congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, o médico José Bines falou sobre a conclusão da fase II do Neosamba, em que 118 pacientes foram investigadas. O estudo seguia para a III fase, que é quando se amplia o número de pessoas investigadas e por um período maior. Entretanto, faltaram recursos para o início desse processo definido pelos especialistas como estudo científico confirmatório. Os frutos dessa apreciação podem redefinir o melhor tratamento de quimioterapia neoadjuvante, que é realizada antes da cirurgia, para mulheres com câncer de mama localmente avançado. A conclusão pode ter impacto global imediato no cuidado de mulheres com essa doença.