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O Citomegalovirus ou CMV é um vírus bastante comum no ambiente. Ele pertence à família do Herpes Virus (a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes-zóster).
O CMV se espalha de pessoa para pessoa através de fluidos corporais como sangue, saliva, urina, sêmen e leite materno.
Quando o vírus está ativo no corpo, pode ser transmitido a outras pessoas das seguintes maneiras:
– Do contato direto com saliva ou urina, especialmente de bebês e crianças pequenas
– Através do contato sexual
– Do leite materno aos bebês, durante a amamentação
– Através de Transplante de órgãos, medula óssea ou células-tronco ou transfusões de sangue.
– Nascimento. Uma mãe infectada pode passar o vírus para seu bebê antes ou durante o nascimento. O risco de transmitir o vírus para o bebê é maior se você for infectado pela primeira vez durante a gravidez.
Exames de sangue podem ser usados para diagnosticar infecção por CMV em adultos que têm sintomas:
– Sorologia: exame laboratorial específico para pesquisar anticorpos contra o citomegalovírus. Os anticorpos da classe IgM estão presentes apenas na fase aguda da infecção e os da classe IgG também aparecem na fase aguda, mas persistem por toda a vida.
– PCR: Detecta a presença do gene do vírus na amostra – é usado em pacientes com alto risco de infecções graves para diagnosticar a doença e monitorizar a resposta ao tratamento.
– Antigenemia para CMV: detecta proteínas especificas do vírus dentro das células do sangue.
Nos Estados Unidos, quase uma em cada três crianças já estão infectadas com CMV aos cinco anos. Cerca de 50% a 80% dos adultos nos Estados Unidos já foram infectados pelo vírus.
Em algumas populações, essa taxa pode variar entre 40 a 100% de pessoas já tiveram contato com o vírus.
Quanto maior a idade, maior a chance de ter tido contato com o vírus. Uma vez infectado, seu corpo retém o vírus para toda a vida.
A maioria das pessoas saudáveis que estão infectadas com CMV não tem sintomas.
Como outros membros da família Herpesvirus, o CMV estabelece infecção latente, ou seja, fica adormecido dentro das células, mesmo após a resolução de infecção aguda.
Por esse motivo, podem ocorrer períodos em que fica dormente e depois reativa. Se você está saudável, CMV permanece principalmente adormecido.
A maioria das pessoas saudáveis que estão infectadas com CMV pode não ter sintomas.
Alguns pacientes podem experimentar sintomas menores como: Febre, Dor de garganta, Fadiga, dores musculares e aumento dos gânglios. Ocasionalmente, o CMV pode causar mononucleose e hepatite (inflamação do fígado)
Pessoas com o sistema imunológico comprometido que se infectam com CMV podem ter sintomas mais graves afetando os olhos, pulmões, fígado, esôfago, estômago e intestinos.
Bebês nascidos com CMV podem ter problemas cerebrais, de fígado, baço, pulmões e decrescimento. O problema de saúde de longo prazo mais comum em bebês nascidos com infecção congênita de CMV é a perda auditiva, que pode ser detectada logo após o nascimento ou pode se desenvolver mais tarde na infância.
Pessoas saudáveis que estão infectadas com CMV geralmente não necessitam de tratamento médico, são necessários apenas medicamentos para aliviar sintomas como analgésicos e antitérmicos.
Medicamentos específicos para tratar infecção por CMV são usados em pessoas que estão com o sistema imunológico enfraquecido e bebês com sinais de CMV congênito.
Quando a infecção ameaça a vida do paciente ou a sua visão, podem ser administrados medicamentos antivirais como valganciclovir, ganciclovir, cidofovir, foscarnete.
Essas medicações não curam a infecção, porém o tratamento atrasa a progressão da doença. As nossas células de defesa controlam a doença porém não eliminam completamente.
Como o vírus permanece “adormecido” dentro do corpo, pode acontecer qualquer momento durante a vida do hospedeiro humano a reativação do CMV. O risco é maior quando a imunidade está comprometida.
Quando o paciente é imunocomprometido, não há uma reação adequada a infecção ou reativação do CMV o que gera sintomas mais graves.
As pessoas que foram submetidas a um transplante de órgão podem receber medicamentos antivirais (tais como ganciclovir, valganciclovir ou foscarnete) para prevenir a infecção por CMV. Mas na maioria dos casos realizmos exames de de PCR ou antigenemia para CMV para detetectarmos precocemente a ativação do vírus no organismo do paciente transplantado.
É possível se curar e eliminar totalmente o vírus do corpo? Como?
Não, uma vez infectado, seu corpo retém o vírus para toda a vida.
Durante o TMO, o receptor ficará com a imunidade comprometida por longos períodos. Principalmente durante o transplante alogênico (quando recebe a medula óssea de outra pessoa), o paciente faz uso de medicações que suprimem a imunidade.
Antes do transplante, é realizada avaliação tanto do doador quanto do receptor em relação ao contato prévio do CMV. Como o vírus permanece “adormecido” dentro do corpo, pode acontecer a reativação ou a infecção aguda pelo CMV. Nesses casos, a infecção é extremamente graves, com risco a vida desses pacientes.
Os pacientes de TMO que se infectam com CMV podem ter sintomas como falta de ar, alteração da visão e até cegueira, dores abdominais, diarréia e vômitos. Esses sintomas estão associados inflamações graves em olhos (Corionarite), infecções pulmomares, Inflamações no fígado (hepatite), esôfago, estômago e intestinos.
Todo paciente pós-transplante de medula óssea pode reativar infecção por CMV devido comprometimento do sistema imune durante o processo do transplante.
Em casos de transplante autólogo (recebe a próprias células tronco removidas anteriormente), há maior incidência quando paciente foi exposto a irradiação de todo corpo em altas doses ou fez uso de fludarabina ou 2-clorodeoxiadenosina.
Nos casos de transplante alogênico, todos Receptores de TCTH soropositivos para o CMV e receptores soronegativos com doador soropositivo estão sob risco de adoecimento e óbito pelo CMV.
Sim. Os candidatos ao TMO devem ser submetidos à dosagem sérica de IgG para CMV antes do transplante para determinar o risco para infecção primária por este vírus ou reativação após o transplante.
No período após a pega da medula. O risco de infecção é principalmente devido à lenta recuperação da imunidade mediada por anticorpos.
Nessa fase, pode-se usar a profilaxia para inibir a reativação do CMV ou o tratamento preemptivo que visa inibir o adoecimento pelo CMV pelo tratamento precoce, caso seja detectada presença do vírus.
Tratamento preemptivo: realizada vigilância do CMV com técnicas sensíveis e específicas capazes de diagnosticar rapidamente o início da replicação viral permitindo a introdução precoce de ganciclovir endovenoso.
Nos Casos de doença por CMV com sintomas graves: Atualmente, existem vários agentes disponíveis para a terapia sistêmica da infecção pelo CMV, incluindo ganciclovir, valganciclovir, foscarnet e cidofovir.
Receptor de TCTH alogênico com história de doença pelo CMV pré-transplante deve ser submetido a vigilância do CMV com técnica sensível (PCR) para detecção precoce de reativação, especialmente durante o período de neutropenia.
Pode ser optado por realização de profilaxia da reativação do CMV:é feita preferencialmente com o ganciclovir endovenoso (5mg/kg/dose) duas vezes por dia por 5 a 7 dias (indução) e depois uma vez por dia até o d+100.
– Receptores de TCTH alogênico soronegativos para o CMV com doadores também soronegativos devem receber transfusões de sangue e derivados com filtro de leucócitos ou de doadores negativos para o CMV, para diminuir o risco de infecção primária pelo CMV pós-TCTH
– receptores de TCTH autólogo soronegativos para o CMV que receberam tratamento prévio com fludarabina ou alemtuzumab devem receber transfusões de sangue e derivados com filtro de leucócitos ou de doadores negativos para o CMV
– Receptores de TCTH alogênico não-aparentado ou aparentado com disparidade HLA que sejam soropositivos para o CMV, devem preferencialmente receber TCTH a partir de doadores também soropositivos
A infecção por citomegalovírus (CMV) e a doença enxerto-versus-hospedeiro (DECH) são complicações importantes após o transplante de células-tronco hematopoiéticas alogênicos com uma ligação clara entre si.
Vários estudos demonstram que a DECH e seu tratamento (com uso de corticoesteroides e imunossupressores) colocam os pacientes em risco de replicação do CMV.
Créditos :
Dr. Roberto Luiz da Silva coordenador do serviço de transplante de medula óssea do IBCC oncologia e hospital 9 de Julho
Dra. Patricia Miki Yamamoto médica assistente do serviço de TCTH do IBCC oncologia e Hospital 9 de Julho