fbpx

O que é?
O câncer, também chamado de neoplasia, pode ser definido como uma modificação de comportamento celular, ou seja, uma alteração na estrutura genética (DNA) que produz crescimento incontrolável favorecendo o acúmulo desordenado de células, com capacidade de invasão local e/ou à distância.

O organismo humano é formado por células dispostas de maneira organizada e interativa, compondo os tecidos, que, por sua vez, formam os órgãos. A maioria das células está em constante renovação, num processo altamente organizado, dependente de um código genético pré-estabelecido, que permite evitar eventuais distorções da arquitetura original das células, durante as fases de multiplicação e crescimento.

Cada célula possui uma mensagem, em seu material genético (DNA), que determina, ao longo da vida, a sua capacidade de crescimento, multiplicação, função, diferenciação e morte. Essa mensagem regula todas as funções bioquímicas celulares, fazendo com que as células possam controlar o quanto, quando e como devem se multiplicar e crescer.

Ocasionalmente, podem ocorrer fatos que contribuem para provocar dano no DNA da célula, ocasionando mensagens genéticas alteradas, que determinam a perda de alguns controles bioquímicos e fazem as células iniciarem um processo de multiplicação de maneira incontrolável e permanente, além de adquirir a capacidade de invasão e destruição das células vizinhas.

Não existe apenas um tipo de câncer. Os diversos tecidos que compõem cada órgão podem dar origem a diferentes tipos de tumores.

Os recentes dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, revelam que será elevada a incidência da doença nos próximos três anos no país.

Números
O câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e os dados mais recentes de 2018 registraram a ocorrência de 17 milhões de casos novos de câncer e 9,5 milhões mortes – excluindo os casos de câncer de pele não-melanoma.

O câncer de pele não melanoma será o mais incidente com 177 mil casos, seguido pelos cânceres de mama e próstata com 66 mil ocorrências cada, cólon e reto 41 mil, pulmão 30 mil e estômago 21 mil casos.

Regiões
A distribuição desses casos varia conforme a região do país. Por exemplo, nas regiões Sul e Sudeste, o padrão da incidência mostra predominância de cânceres de próstata e mama feminina, bem como o de pulmão e de intestino. A região Centro-Oeste, apesar de semelhante, incorpora o câncer do colo do útero e o de estômago entre os mais incidentes. Nas regiões Norte e Nordeste, a incidência do câncer do colo do útero e de estômago tem impacto importante, apesar de também apresentarem os cânceres de próstata e mama feminina como recorrentes. A região Norte é a única do país em que as taxas de câncer de mama e colo do útero são equivalentes entre as mulheres.

Prevenção e Controle
Sendo o câncer um problema de saúde pública, merece ações e políticas públicas para a prevenção da doença e para a promoção da saúde. Ações para estimular a conscientização e reduzir o risco como parar de fumar, fazer atividade física regularmente, combater o sobrepeso e obesidade, ser vacinado contra HPV e hepatite B, proceder com alimentação saudável, além disso, associar essas iniciativas ao rastreamento adequado para que ocorra o diagnóstico precoce do câncer. São atitudes que certamente farão com que vislumbremos mudanças nessas estimativas.

O IBCC Oncologia sempre defendeu e defende um profundo e adequado conhecimento sobre a epidemiologia do câncer no país. O conhecimento de dados concretos e atualizados e a integração entre eles para que possamos saber sobre quantos pacientes necessitam de tratamento é o que pode facilitar a vida das pessoas acometidas pela doença.
Ainda que os números contemplem informações do Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) do Brasil que não cobrem toda a população brasileira, as informações trazidas são importantes. Os dados divulgados pelo INCA incluem o mapeamento e as peculiaridades de cada região e contribuem para conhecermos a frequência dos fatores de risco e de proteção relacionados à doença.

O IBCC Oncologia segue com afinco a missão da instituição com a promessa de cuidar de pessoas histórias e vidas. Hoje temos grandes chances de desmistificar o câncer como uma patologia sem cura e não nos faltarão esforços para amenizar esse cenário.

*Dra. Cicília Marques é médica oncologista clínica, do IBCC Oncologia

Tipos de Câncer

O câncer anal ocorre quando as células normais que revestem o ânus se transformam em células anormais e crescem descontroladamente. O ânus é a última parte do trato digestivo, de onde as evacuações deixam o corpo.

Sinais e sintomas
• Sangramento do ânus • Dor no ânus ou ao redor dele
• Crescimento de ferida, verruga ou tumor no ânus
• Coceira no ânus
Importante lembrar que todos esses sintomas também podem ser causados por doenças que não são câncer.

Fatores de risco
• Estar infectado com papilomavírus humano (HPV).
• Ter uma condição ou doença que causa um enfraquecimento do sistema imunológico, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou um transplante de órgão.
• Ter uma história pessoal de câncer vulvar, vaginal ou cervical.
• Ter muitos parceiros sexuais.
• Ter relações sexuais anais receptivas (sexo anal).
• Fumando cigarros.

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita ao Proctologista. No IBCC Oncologia os times de Cirurgia Oncológica e Oncologia Clínica estarão prontos para ajudá-los.

Como prevenir
• Vacinação para HPV
• Uso de preservativo
• Cessação do tabagismo
• Consultas preventivas

Detecção precoce
Não há recomendação de rastreamento populacional para esta doença, porém em pacientes portadores dos fatores de risco descrito acima, se torna importante consultas de prevenção periódicas ( geralmente anual), com coleta de exame de citologia oncótica anal ( semelhante ao Papanicolau colhido para prevenção de colo uterino).

Diagnóstico
• História Clínica
• Exame físico
• Anuscopia
• Biópsia

Tratamento
Os tratamentos em oncologia são cada vez mais personalizados e norteados pela condição de saúde do paciente, pelo estadio do tumor e pelas suas características moleculares. As modalidades de tratamento mais frequentemente utilizadas são:
• Cirurgia: usada em tumores muito precoces passíveis de remoção e preservação do ânus. Também é utilizada em pacientes com persistência da doença após quimio e radioterapia.
• Quimioterapia + Radioterapia: é a base do tratamento para a maior parte dos cânceres anais, com ótimas taxas de sucesso e preservação de órgão.
• Quimioterapia: base do tratamento em pacientes com doença mais avançada com a presença de metástases.

Bibliografia: https://www.cancer.gov/ - https://www.uptodate.com/home

Tumor de bexiga caracteriza-se pela presença de lesão tumoral vesical visualizada em exame de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância). Estes exames são realizados devido ao surgimento de hematúria (sangramento urinário); ou realizados em exames de check up; ou para avaliação de outros sintomas (achado incidental).

Sinais e sintomas
O Sangramento na urina (hematúria) é o principal sinal e geralmente não está associado a dor.

Fatores de risco
Os fatores de risco são o tabagismo, exposição a alguns carcinógenos como os trabalhadores em indústria de tinta, borracha e petróleo.

Qual profissional procurar
Na presença de sangramento urinário o urologista deverá ser consultado para a correta investigação e posterior tratamento.

Como prevenir
Como medidas preventivas devemos estimular a interrupção do tabagismo e utilizar equipamentos de proteção nas indústrias

Diagnóstico
O diagnóstico é realizado através do exame de imagem (ultrassom ou tomografia ou ressonância) e exame de urina, mas a confirmação é dada pela biópsia da bexiga realizada através da cistoscopia (procedimento endoscópico através da uretra) sob anestesia.

Tratamento
O tratamento é realizado através da retirada das lesões da bexiga, utilizando da ressecção (raspagem) endoscópica via uretral nos casos de tumores iniciais ou superficiais. A retirada de toda a bexiga será necessária apenas nos casos infiltrativos ou em casos de falha terapêutica do tumor superficial.

Informações: Dr. Carlos Bolognani

Porção que compreende os lábios, bochechas, gengivas, língua (2/3 anteriores), soalho de boca e palato duro. Os cânceres de boca, língua, faringe e laringe são chamados de cânceres da via aéreo-digestiva alta. Seu principal tipo é um tumor bastante agressivo denominado carcinoma epidermóide, cujos principais fatores de risco para seu desenvolvimento são a exposição ao fumo e ao álcool, sendo que um fator potencializa o risco do outro. Outros tipos menos frequentes são os carcinomas derivados das glândulas salivares menores, pequenas glândulas que revestem toda a superfície da região por debaixo da mucosa. Esses tumores não estão relacionados ao tabagismo e ao etilismo, mas demandam terapias semelhantes.

Sinais e sintomas
Aftas que não cicatrizam em cerca de 15 dias, lesões avermelhadas, feridas com úlcera ou endurecidas, fixação da língua (redução de sua capacidade de movimentação), dificuldade em abrir a boca, dor, sangramento, odor fétido, dificuldade em engolir, nódulos no pescoço e emagrecimento.

Fatores de risco
Tabagismo isoladamente ou associado ao etilismo, traumas crônicos como condicionados por dentaduras mal ajustadas e dentes em mal estado com espículas que ferem a língua, infecção pelo HPV, dietas pobres em frutas e verduras, imunossupressão.

Qual profissional procurar
Cirurgião de cabeça e pescoço. O dentista pode auxiliar no diagnóstico ao exame físico e biópsia de lesões suspeitas.

Como prevenir
Cessação do tabagismo e etilismo, avaliação periódica com odontologista, ajuste adequado das próteses dentárias, sexo oral com proteção, tratamento de lesões chamadas de pré-neoplásicas - ainda não caracterizadas como câncer mas que poderão progredir para tal - higiene oral atenta e alimentação saudável.

Detecção precoce
Procurar avaliação do especialista após lesão ou sintomas persistentes por mais de 15 dias.

Diagnóstico
Visualização de lesão em exame físico de boca e coleta de amostra para biópsia. Importância do autoexame da cavidade oral e atenção ao pescoço. Todos os pacientes, assim que diagnosticados, devem ser estadiados por meio dos exames físico e de imagem. O estadiamento determinará o estágio da doença e, a partir de então, determina-se a terapia, o prognóstico e a forma como deverá ser feito o seguimento futuro. A manutenção da exposição aos fatores de risco amplifica os riscos de recidiva e desenvolvimento de um segundo tumor. Recomenda-se o seguimento clínico pela vida toda.

Tratamento
O tratamento preferencial é o cirúrgico, radioterapia com ou sem quimioterapia como tratamento complementar. As opções terapêuticas devem ser consideradas individualmente para cada caso em particular.

Informações: Dra. Beatriz Cavalheiro.

O câncer de colo de útero é uma doença que ainda acomete muitas mulheres brasileiras, de todas as idades. Na maioria dos casos, é causada papilomavírus humano - o HPV - com transmissão predominantemente sexual.

Sinais e sintomas
Pode ser sintomático (sangramento vaginal irregular, ou durante relação sexual, dor pélvica ou sintomas urinários e intestinais), ou não ter sintoma algum nos estadios iniciais.

Fatores de risco
Início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, outras DSTs, imunossupressão, tabagismo e uso prolongado de métodos contraceptivos hormonais.

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita anual ao Ginecologista para rastreio, que se dá através do exame físico e de colpocitologia oncótica (Papanicolaou). Se alterado, prossegue-se a investigação com o exame de colposcopia e biópsia.

Como prevenir
No sistema único de saúde (SUS), a vacina do HPV é disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos, sendo o método mais eficaz de prevenção. Para pessoas imunossuprimidas, a vacina é fornecida até 26 anos. Além disso, a coleta do material do Papanicolaou é capaz de detectar alterações celulares pré-malignas, a tempo de serem tratadas antes de evoluírem para câncer.

Detecção precoce
As lesões precursoras do câncer de colo detectadas na biópsia de colo são a Neoplasia Intraepitelial Cervical (NICs) do tipo 1, 2 e 3, que, se tratadas precocemente dificilmente evoluem para câncer.

Diagnóstico
Por exame físico, papanicolau e confirmado por anatomopatológico (biópsia) do colo alterado na colposcopia ou tumoral.

Tratamento
O tratamento e o seguimento variam de acordo com as lesões encontradas e o grau de acometimento da doença. Nos estadios iniciais e pré-malignos, o pode ser ablativo ou cirúrgico (por conização do colo do útero). Em estadios mais avançados, podem ser realizadas cirurgias como traquelectomia radical (retirada do colo do útero e dos linfonodos, preservando o útero) e histerectomia simples ou ampliada (cirurgia de Wertheim-Meigs, com retirada ampliada do útero e linfonodos pélvicos). De acordo com cada caso, avalia-se a necessidade de complementação ou tratamento único com Quimioterapia, Radioterapia ou Braquiterapia.

Informações: Dra. Mariana Camargo

O câncer do corpo do útero geralmente inicia-se no endométrio (revestimento interno do útero), mas pode ter origem também nas outras camadas, como ocorre nos sarcomas. Acomete, na maioria das vezes, mulheres após a menopausa, mas pode ocorrer em todas as idades.

Sinais e sintomas
Apresenta como principal sintoma o sangramento via vaginal pós-menopausa, ou sangramento excessivo em mulheres que ainda menstruam. Além disso, pode ocorrer sangramento durante a relação sexual, dor pélvica ou sintomas urinários, intestinais e aumento/inchaço do volume abdominal.

Fatores de risco
É classificado em tipo I e tipo II. O Tipo I está relacionado ao excesso de peso corporal, diabetes, problemas de ovulação, primeira menstruação precoce e menopausa tardia ou nuliparidade (muitos ciclos menstruais ao logo da vida), predisposição genética, hiperplasia endometrial, uso de terapia de reposição hormonal após a menopausa, síndrome do ovário policístico. Já o tipo II é causado, principalmente, por atrofia endometrial e acomete mulheres mais idosas.

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita anual ao Ginecologista para exame físico e de colpocitologia oncótica (papanicolau), além de exame de ultrassonografia. Se alterado, prossegue-se a investigação com biópsia endometrial.

Como prevenir
Manter o peso adequado, realizar atividade física regularmente, dieta com carga glicêmica adequada, diminuir o numero de menstruações durante a vida reprodutiva (uso de contraceptivos hormonais e engravidar), bem como a amamentação.

Detecção precoce
A detecção do câncer de endométrio é feita por exame clínico e radiológico (geralmente ultrassom transvaginal). Caso haja sintoma de sangramento anormal, procure seu Ginecologista ou serviço de referência.

Diagnóstico
O diagnostico se dá pela biópsia endometrial, que pode ser feita por histeroscopia (câmera que entra no útero via vaginal) ou curetagem uterina.

Tratamento
O estadiamento e o tratamento são cirúrgicos, com a retirada do útero (histerectomia) e, se necessário, complementação com linfadenectomia pélvica, retroperitoneal e omentectomia. Pode ser necessário quimioterapia, radio ou braquiterapia (radioterapia via vaginal), dependendo do grau de acometimento da doença e/ou para evitar que a doença volte.

Informações: Dra. Mariana Camargo

Definição
O câncer de estômago ocorre quando as células normais do estômago se transformam em células anormais e crescem fora de controle. Este tipo de tumor é frequente em nosso país e uma importante causa de morte por câncer, especialmente pela realização de diagnóstico em fases mais avançadas.

Sinais e Sintomas
No início, o câncer de estômago pode não causar sintomas. Quando o câncer de estômago causa sintomas, eles podem incluir:

  • perda de peso;
  • Dor de barriga, especialmente na parte superior da barriga;
  • Dificuldade em engolir;
  • Sem apetite ou sentindo-se satisfeito após comer uma pequena quantidade de comida;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Sensação de cansaço ou falta de ar (de uma condição chamada "anemia", que ocorre quando as pessoas têm poucos glóbulos vermelhos)

Todos esses sintomas também podem ser causados por doenças que não são câncer de estômago. Mas se você tiver estes sintomas, informe o seu médico ou enfermeiro.

Fatores de Risco
Qualquer coisa que aumente o risco de contrair uma doença é chamado de fator de risco. Ter um fator de risco não significa que você terá câncer; não ter fatores de risco não significa que você não terá câncer.

Os fatores de risco para câncer gástrico incluem os seguintes:

  • Ter qualquer uma das seguintes condições médicas:
  • Infecção do estômago por Helicobacter pylori (H. pylori).
  • Gastrite crônica (inflamação do estômago).
  • Anemia perniciosa.
  • Metaplasia intestinal (uma condição em que o revestimento normal do estômago é substituído pelas células que revestem os intestinos).
  • Pólipos gástricos.
  • Antecedente de gastrectomia parcial por doença benigna.
  • Vírus de Epstein Barr.
  • Síndromes Hereditárias (incluindo polipose adenomatosa familiar).
  • Comer uma dieta rica em alimentos salgados e defumados e pobre em frutas e vegetais.
  • Comer alimentos que não foram preparados ou armazenados adequadamente.
  • Ter mãe, pai, irmã ou irmão que teve câncer de estômago.

Qual profissional procurar
No IBCC Oncologia os times de Cirurgia Oncológica e Oncologia Clínica estarão prontos para ajudá-los.

  • Cirurgião do Aparelho Digestivo

Como prevenir
Buscando cuidado de saúde diante das condições médicas descritas acima nos fatores de risco e evitando estes mesmos fatores descritos.

Detecção precoce
Não há programas de rastreamento populacional para câncer de estômago no ocidente que tenham demonstrado eficiência em redução de mortalidade ou viabilidade. No entanto, em pacientes com os fatores de risco citados acima cuidado personalizado de rastreamento poderá permitir diagnóstico precoce.

Diagnóstico
O diagnóstico passa sempre pela avaliação médica, preferencialmente especializada, coleta da história clínica e do exame físico, seguido dos exames necessários. A maior parte das vezes o diagnóstico é feito através de biópsias dos tumores de estômago realizados durante exames de endoscopia. Identificação de anemia em exames laboratoriais, bem como de anormalidades em exames de imagem podem ser outro ponto de partida para o diagnóstico.

Tratamento
Os tratamentos em oncologia são cada vez mais personalizados e norteados pela condição de saúde do paciente, pelo estadio do tumor e pelas suas características moleculares. As modalidades de tratamento mais frequentemente utilizadas são:

  • Cirurgia: baseada na ressecção parcial ou total do estômago (decido caso a caso), contendo o tumor e uma margem de estômago sadio, associada a remoção dos linfonodos regionais. A reconstrução do trânsito alimentar é feita durante a operação.
  • Tratamento sistêmico: Quimioterapia é utilizada no câncer de estômago em alguns casos de maneira complementar ao tratamento cirúrgico. Quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia são a base do tratamento em pacientes com metástases em outros órgãos.
  • Outros tratamentos: Radioterapia e terapia endoscópica também podem ser utilizadas em casos selecionados.

 Bibliografia: www.cancer.gov/www.uptodate.com/home

Região da porção média do pescoço a qual abriga a comunicação entre a boca e o esôfago sendo destinada à passagem de alimentos, bem como entre as fossas nasais e laringe/via aérea em trajeto seguido pelo ar inalado e expirado. Os cânceres de boca, língua, faringe e laringe são chamados de cânceres da via aéreo-digestiva alta. Seu principal tipo é um tumor bastante agressivo denominado carcinoma epidermóide, cujos principais fatores de risco para seu desenvolvimento são a exposição ao fumo e ao álcool, sendo que um fator potencializa o risco do outro. Outros tipos menos frequentes são os carcinomas derivados das glândulas salivares menores, pequenas glândulas que revestem toda a superfície da região por debaixo da mucosa. Esses tumores não estão relacionados ao tabagismo e ao etilismo, mas demandam terapias semelhantes.

Sinais e sintomas
Dificuldade ou dor para engolir, eliminação de sangue pela boca, alteração da voz (“voz anasalada”), dor em ouvido, nódulos no pescoço, perda de peso.

Fatores de risco
Tabagismo isoladamente ou associado ao etilismo; infecções pelo vírus HPV (principalmente subtipos 16 e 18), imunossupressão.

Qual profissional procurar
Cirurgião de cabeça e pescoço.

Como prevenir
Cessação do tabagismo e etilismo; proteção na relação sexual oral.

Detecção precoce
Avaliação do especialista quando sinais e sintomas progressivos e por mais de 15 dias.

Diagnóstico
Visualização de lesão em faringe por meio de exame direto ou laringoscopia/nasofibrolaringoscopia e coleta de amostra para biópsia. Todos os pacientes, assim que diagnosticados, devem ser estadiados por meio dos exames físico e de imagem. O estadiamento determinará o estágio da doença e, a partir de então, determina-se a terapia, o prognóstico e a forma como deverá ser feito o seguimento futuro. A manutenção da exposição aos fatores de risco amplifica os riscos de recidiva e desenvolvimento de um segundo tumor. Recomenda-se o seguimento clínico pela vida toda.

Tratamento
Cirurgia, radioterapia com ou sem quimioterapia (ou combinação sequencial destas opções). As opções terapêuticas devem ser consideradas individualmente para cada caso em particular.

Informações: Dra. Beatriz Cavalheiro.

O fígado é um grande órgão localizado no lado direito do andar superior do abdome. Os tumores hepáticos podem ser primários, ou seja, cânceres que surgem pela transformação dos hepatócitos (células do fígado) ou das células dos ductos biliares em carcinomas; ou secundários, quando tumores de outros órgãos enviam metástases para o fígado.
O hepatocarcinoma é o câncer primário do fígado mais frequente. Tumores colorretais, de estômago, de mama e de pulmão, são responsáveis pela maior parte das metástases para o fígado.

Sinais e sintomas
    • Massa ou dor na região superior direita do abdome
    • Massa ou dor na região superior direita do abdome
    • Aumento do volume abdominal
    • Icterícia (olhos amarelados)
    • Perda do apetite, náuseas ou vômitos
    • Perda de peso
    • Nódulos hepáticos em exames de imagem

Fatores de risco
    • Hepatites Virais, especialmente do tipo B e C
    • Cirrose Hepática
    • Etilismo
    • Obesidade
    • Tabagismo
    • Alimentos ricos em aflotoxinas
    • Doenças hepáticas crônicas

Qual profissional procurar
No IBCC Oncologia os times de Cirurgia Oncológica e Oncologia Clínica estarão prontos para ajudá-los.
    • Hepatologistas
    • Cirurgião do Aparelho Digestivo
    • Serviços de Transplante Hepático

Como prevenir
    • Vacinação contra Hepatite
    • Cessar etilismo e tabagismo
    • Não consumir alimentos com Aflotoxinas
    • Vida saudável com controle do peso e atividade física regular
    • Nos pacientes portadores de cirrose ou hepatites rastreamento com exames de imagem para diagnóstico precoce

Detecção precoce
Nos pacientes com cirrose ou hepatites há protocolos bem definidos de como fazer exames de imagem e de laboratório periódicos visando diagnóstico precoce.
Na População geral não há recomendações para realização de exames periódicos para esta prevenção.

Diagnóstico
Sempre é feito através da avaliação médica especializada caso a caso, baseada geralmente na seleção entre os seguintes exames:
    • História clínica e exame físico
    • Exames laboratoriais de função hepática
    • Sorologias para hepatites virais
    • Marcadores tumorais
    • Ultrassonografia de Abdome
    • Tomografia computadorizada
    • Ressonância Nuclear Magnética
    • PET CT
    • Biópsia Hepática

Tratamento
Os tratamentos em oncologia são cada vez mais personalizados e norteados pela condição de saúde do paciente, pelo estadio do tumor e pelas suas características moleculares. As modalidades de tratamento mais frequentemente utilizadas são:
    • Ressecções Hepáticas Terapias ablativas:
          - Radiofrequência
          - Microondas
          - Alcoolização
          - Crioablação
          - Radioterapia esteriotáxica
    • Terapia de Embolização Hepática:
          - Quimioembolização
          - Radioembolização
    • Tratamentos sistêmicos
          - Quimioterapia
          - Terapia Alvo
          - Imunoterapia

Informações: Dra. Abner Barrozo

Região da porção média do pescoço a qual abriga as pregas – “cordas” vocais. Participa da emissão de sons (vocalização), respiração e proteção pulmonar contra aspirações de saliva, secreções ou alimentos em direção aos brônquios. Os cânceres de boca, língua, faringe e laringe são chamados de cânceres da via aéreo-digestiva alta. Seu principal tipo é um tumor bastante agressivo denominado carcinoma epidermóide, cujos principais fatores de risco para seu desenvolvimento são a exposição ao fumo e ao álcool, sendo que um fator potencializa o risco do outro. Outros tipos menos frequentes são os carcinomas derivados das glândulas salivares menores, pequenas glândulas que revestem toda a superfície da região por debaixo da mucosa. Esses tumores não estão relacionados ao tabagismo e ao etilismo, mas demandam terapias semelhantes.

Sinais e sintomas
A rouquidão pode ser um sintoma inicial se acometimento direto das pregas vocais. Dificuldade para engolir, alterações no timbre de voz (“voz anasalada”), nódulos no pescoço, falta de ar progressiva, dor de ouvido e escarro com sangue são sinais de alerta.

Fatores de risco
Tabagismo, etilismo, infecções pelo vírus HPV (principalmente os subtipos 16 e 18), imunossupressão. Lembra-se que o hábito de fumar e a ingesta não moderada de bebidas alcoólicas são fatores de risco que se potencializam quando juntos.

Qual profissional procurar
Cirurgião de cabeça e pescoço.

Como prevenir
Cessação do tabagismo, evitar a ingesta exagerada de bebidas alcoólicas, proteção na relação sexual oral.

Detecção precoce
Avaliação do especialista se rouquidão persistente por mais de 15 dias (ou os sintomas e sinais acima descritos).

Diagnóstico
Visualização de lesão em laringe/cordas vocais por meio de exame de laringoscopia/nasofibrolaringoscopia e coleta de amostra para biópsia. Todos os pacientes, assim que diagnosticados, devem ser estadiados por meio dos exames físico e de imagem. O estadiamento determinará o estágio da doença e, a partir de então, determina-se a terapia, o prognóstico e a forma como deverá ser feito o seguimento futuro. A manutenção da exposição aos fatores de risco amplifica os riscos de recidiva e desenvolvimento de um segundo tumor. Recomenda-se o seguimento clínico pela vida toda.

Tratamento
Cirurgia preferencialmente e por via aberta ou “fechada” (através da boca); radioterapia com ou sem quimioterapia (ou combinação sequencial destas opções). As opções terapêuticas devem ser consideradas individualmente para cada caso em particular.

Informações: Dra. Beatriz Cavalheiro.

A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é uma das doenças neoplásicas mais frequentes na infância, mas acomete também pessoas de outras faixas etárias. Caracteriza-se pela substituição do tecido medular normal por células blásticas linfoides, ou seja, células hematopoéticas muito jovens e anômalas, que não preservam as funções originais.

Sinais e sintomas
Os sintomas decorrem da diminuição da função medular normal: anemia, infecções e sangramentos e podem ocorrer ainda sintomas como febre persistente, dores nas articulações e nos ossos e febre poderá ser um primeiro sintoma assim como hematomas espontâneos.

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
Atenção para os sinais de: febre, dores ósseas, palidez cutânea, cansaço fácil e muitas vezes formação de hematomas (manchas roxas) espontâneas.

Diagnóstico
Exame de sangue mostrando células jovens ( Blastos ), DHL elevado e mielograma (exame da medula óssea).

Tratamento
O tratamento quimioterápico da leucemia linfoide aguda (LLA) é curativo em grande parte dos casos na infância. O transplante de medula óssea deve ser considerado nos casos de retorno da doença ou em outros casos especiais que apresentem características tais como alterações citogenéticas desfavoráveis.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

A Leucemia Linfoide Crônica é uma neoplasia maligna que incide majoritariamente em pessoas idosas (a partir de 60 anos), raramente ocorrendo em pacientes jovens.

É uma doença de proliferação lenta, que leva ao acúmulo de células linfoides maduras anormais na medula óssea em detrimento da produção de células normais. Muitas vezes a leucemina linfoide crônica (LLC) é detectada em exames de rotina, pois a característica principal é o aumento do número de linfócitos no hemograma; algumas vezes pode haver anemia e/ou plaquetopenia.

Sinais e sintomas
Os sintomas relacionados podem ser inespecíficos como astenia, fraqueza e zumbido; pode ocorrer febre, adenomegalia (aumento de gânglios), aumento de baço e infecções recorrentes. É importante que se faça o estadiamento da doença, para conhecimento sobre a extensão da mesma.

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
Atenção aos sinais e sintomas de cansaço, fraqueza, zumbidos e algumas vezes crescimento de caroços (gânglios) e se infecção de repetição.

Diagnóstico
Normalmente com exame de sangue hemograma já conseguimos fazer o diagnóstico mas há necessidade de exames como o mielograma, carótipo e Imunofenotipagem de medula óssea.

Tratamento
O tratamento da Leucemia Linfoide Crônica (LLC) pode ser desnecessário na fase inicial, porém torna-se imprescindível em fase mais adiantada. A quimioterapia é a base do tratamento, podendo ser utilizada droga única ou esquemas mais agressivos. A decisão pela melhor opção terapêutica deve levar em consideração a idade, situação clínica da doença, comorbidades associadas e prognóstico. É importante o suporte às complicações infecciosas, às vezes utilizando esquemas profiláticos ou imunoglobulinas. O transplante de medula óssea pode ser considerado em pacientes jovens nas suas diversas modalidades, como o transplante não mieloablativo. Atualmente existem novos exames, como a citogenética, que podem ser utilizados como parâmetro prognóstico.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

A Leucemia Mieloide Aguda é uma doença pouco prevalente que acomete pessoas de diversas idades. Caracteriza-se pela substituição do tecido medular normal por células blásticas, ou seja, células hematopoéticas muito jovens e anômalas, que não preservam as funções originais.

Sinais e sintomas
Os sintomas decorrem da diminuição da função medular normal: anemia, infecções, manchas roxas espontâneas , sangramentos e muitas vezes febre.

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
Ao observar os sinais e sintomas, procure logo um médico hematologista.

Diagnóstico
Algumas vezes somente com hemograma já podemos concluir por uma leucemia mas exames como mielograma , Imunofenotipagem de medula óssea e carótipo serão exames confirmatórios e necessários para se avaliar o prognóstico.

Tratamento
O tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA)deve ser iniciado em caráter de urgência e baseia-se em quimioterapia para destruir as células neoplásicas e intenso suporte clínico especializado. Existem tipos diversos de leucemia mieloide aguda (LMA), com características intrínsecas que indicam maior ou menor agressividade e, portanto, maior ou menor chance de cura com o tratamento quimioterápico convencional. Identificar esses fatores logo ao diagnóstico é relevante já que se deve considerar o transplante de medula óssea autólogo ou alogênico como parte do tratamento.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença neoplásica caracterizada pela proliferação excessiva de células hematopoéticas. A alteração celular ocorre numa célula hematopoética primitiva e acomete o setor das hemácias, leucócitos e plaquetas, mas a manifestação laboratorial principal é de expressivo aumento do número de leucócitos.
A leucemia mieloide crônica (LMC) apresentou grande evolução em seu tratamento nos últimos anos, pois tem sido alvo de terapias novas voltadas especificamente para as alterações moleculares que a causam.

Sinais e sintomas
O paciente pode ou não ter sintomas. Alguns incluem cansaço, palidez, tonturas, inchaço e dor em abdome (devido ao aumento do baço). Existe uma característica citogenética típica que é a ocorrência do cromossomo Philadelphia, resultado da translocação entre os cromossomos 9 e 22. A doença apresenta uma fase crônica, que dura de meses a anos, evolui para a fase acelerada e, finalmente, para a fase aguda.

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
O paciente pode descobrir-se portador de leucemia mieloide crônica (LMC) em exame de rotina, como em check-up preventivo (doença inicial).

Diagnóstico
O hemograma já poderá sugerir a doença mas há necessidade de realizarmos biópsia de medula óssea e cariótipo para confirmarmos o diagnóstico.

Tratamento
O tratamento inicialmente é feito com quimioterapia oral para redução do número de leucócitos e, posteriormente, com o estabelecimento de conduta mais definitiva. Para os pacientes que não tenham doador de medula óssea, o tratamento de escolha é o Imatinibe. O transplante de medula óssea é indicado para os pacientes com idade inferior a 55 anos, preferencialmente em fase crônica, que tenham doador totalmente compatível e que não responderam aos medicamentos via oral.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

Dividida nas porções dos 2/3 anteriores (pertencentes a boca) e 1/3 posterior (pertencente à orofaringe). As duas regiões são demarcadas pelas papilas valadas, glândulas superficiais e arredondadas, disposta em “V” e por vezes confundidas com tumores. Os cânceres de boca, língua, faringe e laringe são chamados de cânceres da via aéreo-digestiva alta. Seu principal tipo é um tumor bastante agressivo denominado carcinoma epidermóide, cujos principais fatores de risco para seu desenvolvimento são a exposição ao fumo e ao álcool, sendo que um fator potencializa o risco do outro. Outros tipos menos frequentes são os carcinomas derivados das glândulas salivares menores, pequenas glândulas que revestem toda a superfície da região por debaixo da mucosa. Esses tumores não estão relacionados ao tabagismo e ao etilismo, mas demandam terapias semelhantes.

Sinais e sintomas
Aftas que não cicatrizam em cerca de 15 dias, lesões avermelhadas, feridas com úlcera ou endurecidas, fixação da língua (redução de sua capacidade de movimentação), dificuldade em abrir a boca, dor no ouvido, sangramento, odor fétido, dificuldade em engolir, nódulos no pescoço e emagrecimento.

Fatores de risco
Tabagismo isoladamente ou associado ao etilismo, traumas crônicos como condicionados por dentaduras mal ajustadas e dentes em mal estado com espículas que ferem a língua, infecção pelo HPV, dietas pobres em frutas e verduras, imunossupressão.

Qual profissional procurar
Cirurgião de cabeça e pescoço. O dentista pode auxiliar no diagnóstico ao exame físico e biópsia de lesões suspeitas.

Como prevenir
Cessação do tabagismo e etilismo, avaliação periódica com odontologista, ajuste adequado das próteses dentárias, sexo oral com proteção, tratamento de lesões chamadas de pré-neoplásicas – ainda não caracterizadas como câncer mas que poderão progredir para tal - higiene oral atenta e alimentação saudável.

Detecção precoce
Procurar avaliação do especialista após lesão ou sintomas persistentes por mais de 15 dias. Importância do auto-exame da cavidade oral e atenção ao pescoço.

Diagnóstico
Visualização de lesão em exame físico de boca e coleta de amostra para biópsia. Todos os pacientes, assim que diagnosticados, devem ser estadiados por meio dos exames físico e de imagem. O estadiamento determinará o estágio da doença e, a partir de então, determina-se a terapia, o prognóstico e a forma como deverá ser feito o seguimento futuro. A manutenção da exposição aos fatores de risco amplifica os riscos de recidiva e desenvolvimento de um segundo tumor. Recomenda-se o seguimento clínico pela vida toda.

Tratamento
Cirurgia, radioterapia com ou sem quimioterapia como tratamento complementar. As opções terapêuticas devem ser consideradas individualmente para cada caso em particular.

Informações: Dra. Beatriz Cavalheiro.

O Linfoma de Hodgkin é uma doença linfoproliferativa maligna de etiologia incerta que acomete o sistema linfoide e se caracteriza pela presença de célula maligna típica (Reed-Sternberg). Há um ligeiro predomínio de incidência entre os homens e ocorre principalmente entre jovens de 20 a 30 anos e após os 60 anos.

Sinais e sintomas
A manifestação clínica principal é aumento de gânglios (adenomegalia), que podem surgir em qualquer parte do organismo. O paciente com linfoma de Hodgkin pode notar aumento ganglionar em regiões como pescoço, axilas ou virilhas, ou pode ter sintomas decorrentes da compressão de órgãos pelos gânglios aumentados (tosse por compressão de vias respiratórias). Pode haver sintomas de febre, sudorese , emagrecimento e prurido cutâneo (coceira). O diagnóstico é feito a partir da biópsia ganglionar e é imperativa a realização do estadiamento clínico (verificação da extensão da doença no organismo).

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
Adquira o hábito de palpar as nossa regiões de pescoço, axila e região inguinal e ficar atentos aos sinais de suores noturno e febre vespertina (à tarde e começo da noite).

Diagnóstico
O diagnóstico se dá por uma biópsia e exames conhecidos como Imunohistoquímica.

Tratamento
É uma doença cujo tratamento é altamente eficaz e a cura é obtida em grande parte dos casos. O tratamento é quimioterápico e pode ser associado com radioterapia. Em casos de retorno da doença ou casos que evoluam com resposta insatisfatória à quimioterapia convencional, o transplante de medula óssea autólogo pode representar boa alternativa.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

O Linfoma Não Hodgkin faz parte de um grupo de doenças linfoproliferativas, neoplásicas malignas que originam-se da proliferação anormal de células linfoides. Mais frequentemente ocorre aumento anormal de gânglios (adenomegalia) que podem surgir em qualquer parte do organismo.

Sinais e sintomas
O paciente com linfoma não Hodgkin pode notar o aumento ganglionar (principalmente em regiões como pescoço, axilas ou virilhas) ou pode apresentar sintomas decorrentes da compressão de órgãos pelos gânglios aumentados (tosse por compressão de vias respiratórias). Pode haver sintomas de febre, sudorese noturna e emagrecimento.

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
Atenção para o aparecimento de gânglios (caroços) no pescoço , axila e região inguinal ; atenção com sudorese noturna e perda de peso sem causa aparente.

Diagnóstico
O diagnóstico do linfoma não Hodgkin é feito a partir da biópsia ganglionar e é imperativa a realização do estadiamento clínico (verificação da extensão da doença no organismo). Existem diversos subtipos de linfoma não Hodgkin, alguns de crescimento lento, com sintomas discretos, enquanto outros podem surgir rapidamente e provocar sintomatologia exacerbada.

Tratamento
A terapia para linfoma não Hodgkin é diferenciada para cada um dos subtipos do linfoma e a escolha deve levar em consideração o tipo histológico, o estadiamento clínico, dados prognósticos, idade, entre outros. Pode-se realizar desde o seguimento clínico sem drogas ou tratamentos mais agressivos com quimioterapia. O transplante de medula óssea autólogo é utilizado em casos de recaída dos linfomas e como parte do tratamento inicial em alguns subtipos.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

A glândula mamária, a exemplo de todos os outros órgãos do corpo humano, é formada por diferentes tipos de células. Cada célula tem sua função específica, para isto elas crescem se multiplicam, cumprem determinadas funções e morrem, sendo substituídas. Este mecanismo harmônico é determinado pelo código genético (DNA).
Ocasionalmente, alguns fatores podem provocar danos irreparáveis no DNA das células, levando a perda do controle dos mecanismos de crescimento e diferenciação, e estimulando a mobilização, invasão e destruição de outras células. A transformação da célula normal em câncer é um mecanismo multifatorial denominado carcinogênese.
Dependendo do tipo de alteração no DNA e da integridade do seu sistemas de correção, o comportamento da célula pode ser comprometido. A maioria dos tumores de mama são benignos. As células que formam estes processos sofrem alterações no ritmo de crescimento, mas preservam a capacidade de diferenciação e de convivência com células vizinhas. Por outro lado, nos tumores malignos, as alterações da estrutura do DNA são mais complexas, e além de causar a perda do controle de crescimento, e dos fatores de correção , estimulam mecanismos para facilitar a invasão, e destruição dos tecidos.
Todas as células que compõem o tecido mamário podem sofrer o processo de carcinogênese, e tornarem-se malignas. Por esta razão, existem diferentes tipos de câncer de mama, os mais frequentes são os que ocorrem nas células que revestem os ductos mamários (carcinoma ductal) e nas que formam os lóbulos produtores do leite (carcinoma lobular). Em uma fase inicial, o processo acomete apenas as células que revestem os ductos e/ou lóbulos, sendo denominado câncer in situ. Neste estágio está restrito a mama e totalmente curável. Com a evolução, invadem as estruturas que revestem os ductos sendo então denominados carcinomas invasivos . Em uma terceira fase, penetram nos vasos sanguíneos e linfáticos e disseminam para outras partes do corpo, constituindo a fase metastática do câncer.

Sinais e sintomas
Você deve procurar o mastologista sempre que perceber:
• Mudanças de textura e tamanho das mamas.
• Alteração na pele ou no complexo aréolo-papilar.
• Alguma evidência de nódulo.
• Secreção papilar espontânea.
• Linfonodos aumentados na região axilar.
A existência destes sinais nem sempre significam câncer.

Fatores de risco
O risco de desenvolver câncer não é igual para todas as pessoas. Existe uma complexa interação entre a capacidade de agressão de fatores do meio ambiente e as defesas do organismo. Alguns destes fatores estão diretamente relacionados com o aumento de incidência e com o curso da doença. O câncer de mama é mais frequente em mulheres, embora possa ocorrer, com menor incidência, nos homens. A idade é outro fator muito relevante para este tipo de câncer. Na maioria das vezes, é mais frequente entre os 50 a 60 anos. Quanto mais idosa for a pessoa maior será a chance de desenvolver câncer.
Antecedentes pessoais de doenças de alto risco ou de câncer em uma das mamas, aumenta o risco da doença na mesma mama ou na outra mama, ao longo da vida. Outro fator de aumento de risco é o número de pessoas da mesma família acometidas com câncer de mama, principalmente parentes de primeiro e segundo grau antes da menopausa. Apenas 20% dos casos são considerados hereditários ou familiares, outros 80% são esporádicos.
O uso de hormônios (estrógenos e/ou progestágenos) em alta concentração e por tempo longo, tem correlação com o aumento da incidência.
Vida sedentária, obesidade e uso habitual de álcool, também, aumentam o risco para o desenvolvimento do câncer de mama, principalmente na pós-menopausa.

Qual profissional procurar
Você deve procurar o mastologista sempre que perceber mudanças em seu corpo.

Detecção precoce
Exames periódicos com o mastologista são fundamentais para a descoberta precoce do câncer de mama. A detecção pode ser feita através do exame clínico, quando os tumores forem palpáveis, ou através do exame de imagem, quando iniciais.
A mamografia é o exame com maior eficácia e mais utilizado, para descobrir o câncer de mama em sua fase precoce. Outros exames podem ser necessários nesta fase, como a ultrassonografia mamária e a ressonância magnética das mamas.
O autoexame, embora não seja uma forma de detecção precoce, deve ser feito todo o mês, na semana seguinte ao término da menstruação, ou em uma mesma data do calendário para as mulheres que não menstruam. Este procedimento aumenta a conscientização do problema câncer e a aderência a exames de rotina.

Diagnóstico
O diagnóstico de qualquer tipo de câncer somente é confirmado pelo exame histopatológico de uma amostra do tumor. Esta amostra pode ser obtida por punção percutânea de agulha, ou a biópsia cirúrgica.
O planejamento terapêutico, quer seja cirúrgico, medicamentoso ou radioterápico, deve ser estabelecido após a confirmação diagnóstica pelo exame histopatológico. Neste exame, também são definidas certas características das células tumorais, como receptores hormonais, HER-2 e Ki 67 e outros, que auxiliam a orientação terapêutica.
Outros exames podem ser necessários para saber a extensão da doença antes do tratamento, como: RX ou tomografia de tórax, tomografia de abdômen, cintilografia óssea, ressonância magnética, exame de sangue, etc.
Os tumores, após serem detectados e diagnosticados, são agrupados (estadiados) de acordo com a extensão da doença.
Este estadiamento é obtido através dos exames clínicos, e imaginológicos, tomando por base o T (tamanho do tumor), N (comprometimento dos linfonodos) e M (detecção de doença em outros órgãos).

Tratamento
O câncer de mama representa um grupo heterogêneo de entidades clínicas e por esta razão o planejamento terapêutico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, que, de maneira personalizada. irá definir o protocolo mais indicado para resposta terapêutica e risco de recorrência.
O planejamento do tratamento envolve duas situações básicas: o tratamento locorregional (mama e linfonodos regionais) e o tratamento (sistêmico) para combater célula que se espalharam para outras regiões do corpo. O tratamento local é feito com cirurgia ou radioterapia, enquanto o sistêmico é realizado com medicamentos.
A sequência de tratamento envolvendo cirurgia, uso de medicamentos e radioterapia varia para cada caso.
O tratamento cirúrgico pode ser: conservador, quando apenas a parte comprometida da mama e alguns linfonodos axilares são retirados, ou radical, quando toda a mama e linfonodos da axila são removidos. Tratamentos cirúrgicos intermediários podem ser indicados.
A reconstrução parcial ou total da mama pode ser realizada precocemente (junto com a cirurgia de tratamento) ou tardiamente (meses ou anos após). A utilização de retalhos mio-cutâneos ou implantes de silicone será discutida, caso a caso. Para tratar as células do câncer de mama que se espalharam para outras partes do corpo, os médicos podem utilizar medicamentos, via oral ou venosa. Este tipo de tratamento é chamado de sistêmico, e podem incluir quimioterápicos e outras drogas alvo.
O tratamento sistêmico pode ser realizado antes da cirurgia sendo chamado de neoadjuvante, e tem a função de diminuir o tamanho do tumor e permitir cirurgias mais conservadoras; ou adjuvante, quando é aplicado após o tratamento cirúrgico, para controlar as células que caminharam para outros órgãos.
A radioterapia é um tratamento complementar locoregional, que visa auxiliar a destruição de células cancerosas restantes na mama, parede torácica, axilas e região supra clavicular. O momento de sua aplicação pode variar, de caso para caso.

O Mieloma Múltiplo é uma doença neoplásica caracterizada pela infiltração da medula óssea por plasmócitos malignos (plasmócitos são células responsáveis pela produção de imunoglobulinas). No mieloma múltiplo (MM) ocorre aumento exagerado na produção de um tipo de imunoglobulina em detrimento da produção normal. A doença acomete principalmente indivíduos na sétima década de vida, sendo raro entre os indivíduos com menos de 40 anos.

Sinais e sintomas
O paciente apresenta frequentemente dores ósseas e é comum que fique por meses, ou até mesmo anos, sendo tratado com anti-inflamatórios. Infecções frequentes, fraqueza, fadiga, tonturas são sintomas comuns.

Qual profissional procurar
Hematologistas especializados.

Detecção precoce
Dores ósseas difusas, fraturas sem causa aparente, zumbido e tontura, cansaço fácil, lentificação de raciocínio e palidez das mucosas.

Diagnóstico
O diagnóstico e realizado através de exames no sangue que detectam a produção excessivas de algumas proteínas, exames na urina que detectam a produção de uma proteína chamada Bence Jones e mielograma ( avaliação da medula óssea).

Tratamento
O tratamento do mieloma múltiplo (MM) é feito com quimioterapia e é relevante o controle associado das infecções e das lesões ósseas, pois estas são as principais responsáveis pela morbi-mortalidade associada com a doença. O transplante de medula óssea faz parte do armamento terapêutico e hoje está comprovado que leva a uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos.

Informações: Dr. Roberto Luis da Silva

Um dos tumores de mais difícil diagnóstico - devido ausência de sintomas nas fases iniciais - o câncer de ovário e trompas pode acometer mulheres de todas as idades. É a segunda neoplasia ginecológica mais comum e a maioria dos casos têm origem nas células epiteliais do ovário (95% dos casos), podendo também se originar nas células germinativas ou nas trompas (tubas uterinas).

Sinais e sintomas
Geralmente é diagnosticado por alterações de exame de imagem, que pode apresentar cisto com área solida em seu interior, com septações, ou conteúdo irregular. Pelo papel reprodutivo do ovário, ele não possui revestimento externo (serosa), o que facilita a disseminação dos implantes na cavidade abdominal, levando, muitas vezes, ao diagnóstico tardio, quando a paciente já apresenta dor, aumento do volume abdominal, alterações do habito urinário ou intestinal, perda de apetite, peso e fadiga/cansaço recorrente.

Fatores de risco
Idade avançada, história familiar de câncer de mama, colorretal ou ovário, mutações genéticas BRCA 1 e 2, muitos ciclos menstruais durante a vida (menarca precoce e menopausa tardia, na).

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita anual ao Ginecologista para exame físico. O exame de ultrassonografia detecta aumento do volume ovariano ou tumorações suspeitas. Caso haja sintoma de dor pélvica procurar o médico com brevidade.

Como prevenir
Método contraceptivo hormonal (evitando a ovulação), manter o peso corporal adequado e realizar o exame ginecológico com frequência. O painel genético pode ser solicitado em casos de história familiar de câncer de mama, ovário e colorretal.

Detecção precoce
A detecção do câncer de ovário é feita por exame clínico e radiológico - geralmente ultrassom transvaginal - que detecta alterações ovarianas.

Diagnóstico
O diagnostico se dá pela biopsia (anatomopatológico) do cisto ou tumor ovariano, ou do ovário por inteiro retirado após a cirurgia.

Tratamento
Assim como no câncer de endométrio, o estadiamento e o tratamento são cirúrgicos, com cirurgia para retirada do cisto ou do ovário como um todo. Após o exame de congelação intraoperatório, se necessário a cirurgia é complementada por histerectomia, linfonodectomia e retirada de todos os implantes, sempre que possível. Em casos avançados, pode-se também completar ou iniciar o tratamento com quimioterapia, de acordo com a apresentação e tipo histológico do tumor, bem como estado clínico da paciente.

Informações: Dra. Mariana Camargo

Definição
O câncer de pâncreas ocorre quando as células normais do pâncreas se transformam em células anormais e crescem fora de controle. O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago. Ele produz hormônios e sucos que ajudam o corpo a digerir os alimentos.
O câncer de pâncreas pode se desenvolver a partir de dois tipos de células no pâncreas: células exócrinas e células neuroendócrinas, como as células das ilhotas. O tipo exócrino é mais comum e geralmente é encontrado em um estágio avançado. Os tumores neuroendócrinos pancreáticos (tumores de células das ilhotas) são menos comuns, mas apresentam um prognóstico melhor.

Sinais e Sintomas
Os sintomas de câncer pancreático podem incluir:

  • Dor - as pessoas podem sentir dor que se espalha da área do estômago até as costas. A dor pode ir e vir e piorar depois de comer.
  • Perda de peso - as pessoas podem não sentir fome ou se sentir saciadas depois de comer muito pouco.
  • Diarreia - as evacuações podem parecer gordurosas ou ser difíceis de dar descarga no vaso sanitário.
  • Amarelecimento da pele, denominado icterícia - tanto a pele como a parte branca dos olhos podem ficar amarelas. Quando a icterícia ocorre em pessoas com câncer pancreático, geralmente é porque um dos tubos que transportam a bile da vesícula biliar para os intestinos está bloqueado. (A vesícula biliar é um pequeno órgão em forma de pêra que armazena bile, um fluido que ajuda o corpo a quebrar a gordura.) Se um ducto biliar ficar bloqueado, também pode fazer com que os movimentos intestinais pareçam cinzentos em vez de castanhos.

Esses sintomas também podem ser causados ​​por doenças que não são câncer de pâncreas. Mas se você tiver estes sintomas, informe o seu médico ou enfermeiro sobre eles.

Fatores de Risco
Os fatores de risco para câncer de pâncreas incluem os seguintes:

  • Tabagismo
  • Estar muito acima do peso.
  • Ter histórico pessoal de diabetes ou pancreatite crônica.
  • Ter histórico familiar de câncer pancreático ou pancreatite.
  • Ter certas condições hereditárias, como:
    • Síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1).
    • Câncer de cólon hereditário não polipose (HNPCC; síndrome de Lynch).
    • Síndrome de von Hippel-Lindau.
    • Síndrome de Peutz-Jeghers.
    • Síndrome hereditária do câncer de mama e ovário.

Qual profissional procurar

  • No IBCC Oncologia os times de Cirurgia Oncológica e Oncologia Clínica estarão prontos para ajudá-los.
  • Cirurgião do Aparelho Digestivo

Como prevenir

  • Cessação do tabagismo
  • Cessação do etilismo (causa comum de pancreatite crônica)
  • Tratamento da obesidade
  • Alimentação saudável e atividade física regular
  • Tratamento do diabetes

Detecção precoce
Não há programas de rastreamento da população geral visando diagnóstico precoce de câncer de pâncreas. A exceção aqui seriam os pacientes com síndrome hereditária conhecida

Diagnóstico
O diagnóstico passa sempre pela avaliação médica, preferencialmente especializada, coleta da história clínica e do exame físico, seguido dos exames necessários. A maior parte das vezes a suspeita diagnóstica surge através da identificação de nódulos ou massas no pâncreas através de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia ou ressonância). A partir desta suspeita é indicada a realização de biópsia dirigidas, geralmente realizada através de exame de ecoendoscopia.

Tratamento
Os tratamentos em oncologia são cada vez mais personalizados e norteados pela condição de saúde do paciente, pelo estadio do tumor e pelas suas características moleculares. As modalidades de tratamento mais frequentemente utilizadas são:

  • Cirurgia: É o tratamento de escolha para tumores precoces e localizados apenas no pâncreas e em pacientes com condições de saúde para uma operação de grande porte.
  • Quimioterapia: Pode ser utilizada de modo complementar ao tratamento cirúrgico com intenção curativa ou em pacientes com doença avançada. É a base do tratamento dos pacientes com metástases.
  • Radioterapia: Pode ser utilizada de maneira complementar ao tratamento cirúrgico ou como tratamento combinado a quimioterapia, visando ajudar no controle local da doença.

Bibliografia: www.cancer.govwww.uptodate.com/home

É preciso se atentar aos cuidados contra um tipo de câncer dos mais comum entre os brasileiros e que representa 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Apesar de a pele ser o maior órgão do corpo humano, são poucos aqueles que preocupam com a incidência dos raios de sol. Filtro solar é essencial para pessoas de pele clara quando expostas ao sol por um tempo mais prolongado, mas as pessoas de pele mais escura devem se proteger também. Em 2017, segundo o INCA, foram 181.430 novos casos.

Existem dois tipos de câncer de pele, os não-melanoma e os melanomas. Os não-melanoma representam 94% do total dos casos de câncer de pele e os dois tipos mais comuns são o basocelular (carcinoma de células basais) e o espinocelular (carcinoma de células escamosas). Estes acontecem quando há exposição crônica ao sol e atinge mais pessoas de pele e olhos claros e adultos acima de 40. Tem um índice elevado, mas se tratado precocemente o percentual de cura. Já o melanoma é um tipo menos frequente, tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.

Fonte: Dr. Aldo Toschi, dermatologista do IBCC

É um câncer incomum em populações desenvolvidas, mas pode chegar a 20% dos tumores malignos em alguns países em desenvolvimento. No Brasil corresponde a 2% do total dos cânceres nos homens.

Sinais e sintomas
Este tumor em estágios iniciais se mostra como uma lesão na região genital, mais comumente na glande, podendo ser uma verruga, um úlcera ou uma área com alteração da coloração, sem gerar dor ou alteração miccional, o que posterga muitas vezes a procura ao médico e o início do tratamento.

Fatores de risco
A população mais acometida são os homens jovens acima dos 50 anos. No entanto, pode acometer pacientes mais jovens. Estudo epidemiológico nacional verificou que 20% dos pacientes com câncer de pênis tinham menos do que 35 anos. Os principais fatores de risco para seu desenvolvimento são a presença de fimose, má higiene, promiscuidade, doenças venéreas (principalmente HPV), tabagismo e inflamações de repetição na região.

Qual profissional procurar
Qualquer lesão suspeita, sobretudo de aparecimento recente, deve ser avaliada com brevidade por um urologista.

Como prevenir
A prevenção dos cânceres penianos se dá principalmente por uma boa higiene íntima, além de tentar manter uma atividade sexual segura, com uso de preservativos.

Detecção precoce
Qualquer lesão suspeita (manchas vermelha, branca, escura e/ou verrugas), sobretudo de aparecimento recente, precisa ser avaliada.

Diagnóstico
O exame físico é essencial para guiar o diagnóstico, sendo obrigatória uma biópsia da lesão para confirmar a suspeita.

Tratamento
É muito variável e sempre deve ser retirada a lesão, por completo. Normalmente o tratamento inicial é cirúrgico, com retirada da lesão tumoral (o quanto for necessário para se obter um tecido sem malignidade, podendo acarretar em amputação peniana inclusive), incluindo a retirada dos linfonodos potencialmente acometidos (inguinais e pélvicos, de ambos os lados).

Informações: Dr. Felipe Bertagnon

O câncer de próstata é o tumor mais comum na população masculina acima dos 50 anos (excetuando-se os tumores de pele não-melanoma). Durante a vida, um em cada 7 homens será diagnosticado com câncer de próstata. Apesar disso, apenas 1 em cada 4 homens realiza avaliações com o seu urologista regularmente.
A próstata é uma glândula que fica abaixo da bexiga e a sua função é produção do líquido que compõe parte do sêmen. Com o passar dos anos, há um crescimento de células normais (conhecido por hiperplasia prostática benigna - HPB) que pode causar obstrução da micção. Quando há crescimento de células atípicas, há a formação do câncer.

Sinais e sintomas
Diferentemente da HPB, o câncer de próstata é uma doença silenciosa. Enquanto no primeiro é comum encontrarmos dificuldade miccional, jato miccional fraco, aumento da frequência urinária, esvaziamento incompleto da bexiga, noctúria (micções noturnas), no câncer de próstata inicial, não há qualquer sintoma para os pacientes. Eles não sentem absolutamente nada e esse é o motivo pelo qual há necessidade de visitas regulares ao Urologista. Nos casos mais avançados da doença, há possibilidade de haver sintomas obstrutivos urinários ou mesmo dores ósseas nas costas e na bacia.

Fatores de risco
Os principais fatores de risco são: histórico familiar: parentes de primeiro grau com câncer de próstata (pai ou irmão com a doença), além da raça negra e idade avançada.

Qual profissional procurar
O profissional que realiza todo o acompanhamento dos homens à partir dos 45 anos de idade (com fator de risco) ou acima dos 50 anos de idade (sem fatores de risco) é o Urologista. É este profissional que será responsável por examinar o paciente (toque retal) e solicitar o exame de rastreio (PSA - Antígeno Prostático Específico). No caso de dúvida, poderá solicitar uma ressonância multiparamétrica da próstata e uma biópsia de próstata (que é o exame que faz o diagnóstico da doença).

Como prevenir
Sabe-se que o estilo de vida saudável diminui o risco da doença (dieta equilibrada, pobre em gordura e carboidratos) além da atividade física. No entanto, mesmo os pacientes saudáveis podem vir a desenvolver o câncer de próstata.

Detecção precoce
Quando diagnosticada precocemente há uma grande possibilidade de haver cura (chegando a 90% dos casos). Mas para isso, é fundamental que o homem seja acompanhado pelo Urologista uma vez por ano. Uma vez que a doença esteja avançada (saiu da próstata e se estabeleceu nos linfonodos ou nos ossos) conseguimos o controle da doença ou melhora dos sintomas com medicações.

Diagnóstico
O diagnóstico é realizado através da biópsia de próstata. Este é um procedimento médico, no qual uma agulha guiada pelo ultrassom é inserida através do reto e são retirados fragmentos da próstata. Estes fragmentos são analisados posteriormente por um patologista que avaliará se há ou não células malignas.

Tratamento
Uma vez que é feito o diagnóstico de câncer de próstata, deve-se avaliar se esse tumor é de baixo risco, risco intermediário ou alto risco. A depender da classificação, são necessários exames de estadiamento. Exames como ressonância magnética, cintilografia óssea e o PET-CT PSMA Ga68 são comuns de serem realizados para que possamos excluir a chance do tumor estar localmente avançado (invadindo a cápsula prostática ou vesículas seminais) ou avançado (acometimento de linfonodos ou mesmo os ossos).
Nos casos de tumores localizados (restritos à próstata) e de baixo risco, pode nem ser necessário tratamento invasivo. Estes pacientes podem realizar vigilância ativa (com seguimento ambulatorial a cada 3 meses com novos exames e biópsias confirmatórias, posteriormente).
Nos casos de risco intermediário ou alto risco com tumores localizados, o tratamento padrão é a cirurgia (prostatectomia radical). Independentemente da via (aberta, laparoscópica ou robótica), esta cirurgia tem por objetivo a remoção completa da próstata, vesículas seminais e linfonodos regionais. Com a retirada da próstata é necessário a sutura da uretra com a bexiga (anastomose) e uma sonda vesical ficará auxiliando a drenagem da bexiga por alguns dias (até cicatrização completa). A radioterapia também é um dos tratamentos e poderá ser realizado a depender da idade do paciente, comorbidades, tipo de tumor e escolha do paciente. Nos casos de pacientes com tumores avançados (nos quais as células tumorais saíram da próstata e se encontram nos linfonodos ou nos ossos) o tratamento padrão é o bloqueio hormonal. O objetivo é manter a testosterona em níveis baixos pois assim, haverá uma diminuição da atividade tumoral e menor chance de progressão da doença.
Em alguns casos, é necessário um tratamento multimodal: com cirurgia, radioterapia e bloqueio hormonal (em tempos determinados).

Informações: Dr. Alvaro Alexandre Dias Bosco

O câncer de pulmão é o responsável pelo maior número de mortes por câncer no mundo. Pode ser definido como o crescimento anormal (neoplasia) de células malignas dos pulmões. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao uso do cigarro.

Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são tosse, falta de ar, dor no peito ou nas costas, tosse com sangue e perda de peso. Infelizmente, o câncer de pulmão é uma doença silenciosa, ou seja, não costuma apresentar sintomas em suas fases mais iniciais. Por este motivo, a maioria dos pacientes é diagnosticada já com a doença avançada.

Fatores de Risco
O principal fator de risco para o surgimento do câncer de pulmão é o tabagismo. Estimamos o risco mais elevado em pacientes com tabagismo maior que 20 anos x maço, ou seja, pacientes que fumaram 1 maço de cigarro por dia por 20 anos, ou números equivalentes.

Qual profissional procurar
Se você tem dúvidas sobre o câncer de pulmão, sobre como parar de fumar ou se quer saber se faz parte do grupo de risco, procure a equipe de Cirurgia Torácica do IBCC oncologia. Nós podemos ajudar!

Como prevenir
Parar de fumar é fundamental. Mas mesmo se o paciente já parou de fumar, o risco ainda existe. Para isso, a avaliação dos especialistas (cirurgiões torácicos, oncologistas ou pneumologistas) é importante para identificar possíveis lesões suspeitas.

Detecção precoce
Nos Estados Unidos e na Europa já é realizado o rastreamento para câncer de pulmão, ou seja, realização de tomografia de tórax em pacientes sem sintomas, porém incluídos no grupo de risco, a fim de diagnosticar o câncer em sua forma mais precoce. Os médicos da equipe de cirurgia torácica do IBCC estão à disposição para tirar todas as dúvidas sobre este assunto.

Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de pulmão pode ser realizado pela avaliação do médico especialista, mas também com a ajuda de exames como a tomografia computadorizada de tórax, PET SCAN, cintilografia óssea, ressonância magnética e broncoscopia. Para o diagnóstico preciso, é fundamental a realização de biópsia, que também pode ser indicada para o estadiamento invasivo. As formas mais comuns de biópsia são: broncoscopia, biópsia guiada por tomografia, videotoracoscopia e mediastinoscopia.

Tratamento
O tratamento do câncer de pulmão está relacionado ao estadiamento, ou fase da doença. Nos estadios iniciais, a cirurgia é comprovadamente a melhor forma de tratamento, tratando a doença de forma definitiva em até 90% dos casos. A lobectomia pulmonar é o tratamento cirúrgico padrão ouro no câncer de pulmão. Ela pode ser realizada, nos dias de hoje, por vias minimamente invasivas como a videotoracoscopia (multiportal ou uniportal) e robótica. A segmentectomia é outra técnica cirúrgica que vem ganhando espaço por ressecar menos parênquima pulmonar, preservando a função respiratória de forma mais adequada. Em estágios mais avançados, o tratamento pode ser realizado com quimioterapia e radioterapia associadas à cirurgia ou como forma de tratamento exclusivo.

Informações: Dr. André Miotto

A neoplasia renal representa cerca de 2 a 3% dos cânceres em adultos, sendo seus principais tipos: carcinoma renal de células claras (70 a 90% dos casos), carcinoma papilar (10 a 15% dos casos), carcinoma renal cromófobo (4 a 5% dos casos), carcinoma de ductos coletores (1% dos casos) e sarcomoatóides (1% dos casos).

Sinais e sintomas
Atualmente, a maioria dos tumores é descoberto incidentalmente em exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia. Quando apresenta sintomas, geralmente o tumor é grande e/ou a doença encontra-se em estágio mais avançado. Os principais sinais de alerta são: sangue na urina, dor lombar, perda de peso e anemia.

Fatores de risco
Os principais fatores de risco são o tabagismo, exposição a substâncias tóxicas e obesidade.

Qual profissional procurar
O diagnóstico geralmente é feito por um clinico geral, mas o tratamento é feito por uma equipe composta por urologistas e oncologistas.

Como prevenir
Controle de peso e evitar o cigarro seriam as principais formas de prevenir a doença.

Detecção precoce
Procure sempre atualizar anualmente os exames periódicos seu médico.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.

Tratamento
A depender das condições clínicas do paciente, a cirurgia para retirada tumor é principal forma de tratamento. Na grande maioria das vezes, hoje, é possível preservar uma parte do rim afetado (nefrectomia parcial). E a cirurgia pode ser realizada de forma minimamente invasiva, através de laparoscopia. Em casos selecionados, pode ser realizada técnica através de radiofrequência ou crioablação.

Quando o paciente não é candidato a cirurgia, o tratamento é realizado através de medicamentos que aumentam a capacidade do sistema imunológico em combater a doença e, assim, aumentam a sobrevida do paciente.

Informações: Dr. Eduardo Tanaka

Definição
O câncer de reto é aquele que acomete a parte final do intestino grosso. O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum no homem e na mulher no Brasil e no mundo, a prevenção adequada pode reduzir usa mortalidade em até 50%.

Sinais e Sintomas

  • Uma mudança nos hábitos intestinais.
  • Diarreia, prisão de ventre ou sensação de que o intestino não esvazia completamente.
  • Sangue (vermelho vivo ou muito escuro) nas fezes.
  • Fezes mais estreitas do que o normal.
  • Dores frequentes de gases, distensão abdominal, plenitude ou cólicas.
  • Perda de peso sem motivo conhecido.
  • Sintomas de anemia
  • Vômito

Fatores de Risco

  • Idade (> 50 anos)
  • História familiar ou pessoal de câncer de cólon ou de pólipos colônicos
  • Obesidade
  • Tabagismo
  • Álcool
  • Não realizar prevenção a partir dos 50 anos
  • Sedentarismo
  • Uma dieta rica em gordura e carne vermelha ou processados e pobre em fibras, legumes, frutas e verduras.
  • Doença inflamatória intestinal (especialmente após 10 anos de atividade de doença)

Qual profissional procurar

  • No IBCC Oncologia os times de Cirurgia Oncológica e Oncologia Clínica estarão prontos para ajudá-los.
  • Cirurgião do Aparelho Digestivo ou Proctologista.

Como prevenir

  • Atividade física regular (300 minutos/semana de atividade leve, ou 150 minutos/semana de atividade moderada – Dados da OMS)
  • Cessação do tabagismo
  • Redução de peso corporal se sobrepeso ou obesidade
  • Cessação do Etilismo
  • Alimentação saudável, pobre em gorduras, processados e carne vermelha.
  • Aderir a programas de rastreamento a partir dos 50 anos

Detecção precoce
A detecção precoce passa pela aderência a um programa de rastreamento, ou seja, exames de prevenção realizados em pessoas sem sintomas. Há as seguintes programações de rastreamento:

  • Colonoscopia a cada 10 anos;
  • Colonografia por Tomografia Computadorizada a cada 5 anos;
  • Teste de fezes para sangue uma vez por ano;
  • Sigmoidoscopia a cada 5 a 10 anos;
  • Teste de DNA de fezes a cada 3 anos (mas os médicos ainda não têm certeza do melhor período para repetir o teste).

Os pacientes que apresentam os sinais e sintomas acima citados de maneira persistente devem buscar atendimento médico.

 Diagnóstico
O diagnóstico passa sempre pela avaliação médica, preferencialmente especializada, coleta da história clínica e do exame físico, seguido dos exames necessários. A maior parte das vezes o diagnóstico é feito através de biópsias dos tumores de reto realizadas pela colonoscopia ou retosigmoidoscopia.

Tratamento
Os tratamentos em oncologia são cada vez mais personalizados e norteados pela condição de saúde do paciente, pelo estadio do tumor e pelas suas características moleculares. As modalidades de tratamento mais frequentemente utilizadas são:

  • Cirurgia: baseada na ressecção de um segmento de reto, contendo o tumor e uma margem de reto sadio, associada a remoção dos linfonodos regionais. Na maior partes das vezes em cirurgias eletivas dos tumores localizados no reto alto não há necessidade do uso de colostomias, pois a reconstrução do trânsito é feita durante a operação. Há cada vez mais pacientes selecionados, que mesmo com metástases de câncer de reto podem se beneficiar do tratamento cirúrgico.
  • Quimioterapia e radioterapia: a combinação destas formas tratamento são muito frequentes nos tumores de reto médio e baixo antecedendo o tratamento cirúrgico. Visando melhor controle local e maiores taxas de preservação do ânus. Em alguns casos este tratamento pode ser exclusivo nos pacientes que tem resposta completa ao final da terapia. Sempre este cuidado é decidido de maneira multidisciplinar.
  • Os pacientes submetidos a terapia pré-operatória com Radioterapia e que precisam de anastomoses (reconstrução intestinal) de risco, necessitam utilizar estomias temporárias de proteção (desvios do intestino exteriorizados no abdome).
  • Tratamento sistêmico: Quimioterapia é utilizada no câncer de reto em alguns casos de maneira complementar ao tratamento cirúrgico. Quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia são a base do tratamento em pacientes com metástases em outros órgãos.

 Bibliografia: www.cancer.gov/ www.uptodate.com/home

Os tumores do SNC, tanto em adultos quanto em crianças, geralmente surgem em diferentes áreas e a partir de diferentes tipos de células e têm tratamentos e prognósticos diferentes.
O cérebro e a medula espinhal formam o Sistema Nervoso Central (SNC) e os tumores desta região devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos dessas localizações. O câncer do SNC representa de 1,4 a 1,8% de todos tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de SNC são no cérebro.

Sinais e sintomas
Dor de cabeça- Cefaleia, acompanhado ou não de vômitos;
Dor na Coluna ou em trajetos de nervos nos casos de metástases de coluna vertebral;
Alterações do nível de consciência como confusão mental, sonolência, Coma; Crises convulsivas;
Alterações visuais, as vezes auditivas, olfativas, táteis;
Paralisação da movimentação de um ou mais membros do corpo, etc.

Fatores de risco
Neoplasias prévias que comumente evoluem com Metástases a distância, tabagismo, exposição a fatores ou substâncias cancerígenas, entre outras.

Qual profissional procurar
Em casos de aparecimentos de alguns desses sintomas marcar consulta com neurocirurgião, ou em caso de urgência procurar o Pronto Atendimento onde será acionada a Equipe de Neurocirurgia para avaliação em caráter de urgência.

Como prevenir
Sempre manter as consultas com seu oncologista em dia, pois com qualquer sinal ou sintoma de aparecimento de lesão neurológica ele encaminhará ao especialista para tratamento especializado.

Detecção precoce
Sempre manter as consultas com seu oncologista em dia, pois com qualquer sinal ou sintoma de aparecimento de lesão neurológica ele encaminhará ao especialista para tratamento especializado.

Diagnóstico
Será feito por consulta ou avaliação quando internado pelo Neurocirurgião, além de exames complementares como Tomografias, Ressonância, PET, Líquor, todos disponíveis no IBCC.

Tratamento
Após avaliação personalizada de cada caso, em decisão conjunta com as equipes de Oncologia e outras pertinentes, será optado, sempre baseado na mais moderna Literatura Científica e em protocolos embasados em estudos clínicos; a melhor opção de tratamento. Nos casos em que houver indicação de cirurgia neurológica, a Equipe de Neurocirurgia assumirá ou acompanhará o paciente até o final do tratamento, quer seja internado ou ambulatorial, dando todo apoio médico assistencial ao paciente e seus familiares.

Informações: Dr. Ricardo Ono Maruyama

O câncer de testículo é um tumor raro, que representa entre 1-2% dos tumores malignos em homens. Apesar de ser raro, é a neoplasia maligna mais comum em homens entre 20 a 40 anos e o segundo tipo mais comum de câncer entre 15 e 19 anos.

Apresenta taxa de cura de 80-90%, sendo que os tumores em estágio inicial a taxa sobe para acima de 95%.
São classificados em tumores de células germinativas que correspondem a 95% dos casos e não germinativas.
Entre os tumores não germinativos estão os tumores do cordão sexual, tumores estromais e linfoides.
Os tumores de células germinativas são classificados em seminomas e não seminomas.

Os seminomas representam de 52-56% dos tumores germinativos. Acometem pacientes na faixa etária de 35-40 anos, enquanto que o seminoma espermatocítico acomete pacientes acima de 60 anos e apresenta melhor prognóstico.

Os não seminomas são tumores mais agressivos que os seminomas e acometem a faixa etária de 20-35 anos. São classificados em:

  • Carcinoma embrionário: São tumores mais agressivos e com alta taxa de metástase.
  • Tumor de saco vitelino ou do seio endodérmico: quase sempre produzem alfafetoproteina e não hcg.
  • Teratoma: são tumores que contêm elementos bem diferenciados (teratomas maduros) ou incompletamente diferenciados (teratomas imaturos) de pelo menos duas das três células germinativas.
  • Coriocarcinoma: tumores mais raros e agressivos que se manifestam com aumento de hcg e doença disseminada. Se espalha por via hematogenica (pulmão, fígado, cérebro)

Sinais e sintomas

  • Aumento de volume escrotal, normalmente indolor.
  • Pode apresentar dor em tumores de rápida expansão secundário a hemorragia tumoral ou infarto tumoral, sendo mais comum em tumores não seminomas.
  • Frequentemente pacientes relatam trauma escrotal porque o aumento do volume escrotal facilita o trauma.
  • Pacientes com doença avançada e metástase retroperitoneal pode apresentar massa abdominal palpável, dor abdominal, dor lombar e edema em membros inferiores.
  • Pacientes com metástase pulmonar pode apresentar falta de ar, dor torácica e tosse.

Fatores de risco

  • Testículos não descidos ao nascimento (criptorquidia): risco de 4 a 6x maior.
  • História familiar de câncer de testículo: irmão ou pai com câncer de testículo aumenta o risco.
  • História pessoal de câncer de testículo: paciente que já teve câncer de testículo tem risco aumentado de câncer no outro testículo (2% destes pacientes desenvolverão câncer no outro testículo).
  • Neoplasia intratubular de células germinativas.

Qual profissional procurar
Urologista.

Como prevenir
Em pacientes com testículos não descidos (criptorquidia) a cirurgia de fixação do testículo na bolsa escrotal diminui o risco de câncer de testículo de 4-6 x maior para 2-3 x maior que na população normal.

Detecção precoce
Qualquer sinal ou sintoma, procurar o urologista imediatamente.

Diagnóstico

  • Ultrassonografia escrotal: exame simples, barato e efetivo. Lesão pode apresentar fluxo aumentado no doppler.
  • Marcadores tumorais: DHL (desidrogenase láctica), AFP (alfafetoproteina) e hCG (gonadotrofina coriônica humana).
  • Ressonância magnética de testículos: pode ser realizado em casos duvidosos ao ultrassom.
  • Tomografia de abdome: para avaliar metástase em linfonodos retroperitoneais.
  • Tomografia tórax: para avaliar metástase pulmonar.

Tratamento

  • Orquiectomia radical: cirurgia com acesso inguinal para retirada total do testículo, epidídimo e cordão espermático até o anel inguinal interno. Não se recomenda cirurgia por acesso escrotal porque não consegue retirar o cordão espermático e também pelo risco de alterar a drenagem linfática dos testículos, aumentando o risco de recorrência local e em linfonodos pélvicos e inguinais.
  • Orquiectomia parcial: cirurgia poupadora de testículo. Não é indicado se o paciente tem o testículo contralateral normal. Pode ser realizado em casos selecionados (tumores pequenos em pacientes com somente um testículo ou paciente com tumores em ambos os testículos).
  • Radioterapia: pode ser realizado para prevenir recidiva retroperitoneal em pacientes com seminoma. Pode alterar a fertilidade.
  • Quimioterapia: realizado em pacientes com metástases ou para prevenir recidiva retroperitoneal. Pode alterar a fertilidade.
  • Linfadenectomia retroperitoneal: realizado principalmente em pacientes com massas residuais em retroperitônio pós quimioterapia e com marcadores tumorais normais. Normalmente são tumores teratomas que são resistentes à quimioterapia. Pode causar distúrbio de ejaculação, principalmente ejaculação retrógrada.
  • Preservação de fertilidade: Recomenda-se a criopreservação de esperma para paciente que tem o desejo de fertilidade e que irão ser submetida à quimioterapia, radioterapia retroperitoneal ou a linfadenectomia retroperitoneal.

Informações: Dr. Marcelo Iwamoto

A tireoide é uma glândula que produz hormônios relacionados ao metabolismo - ou ao ajuste do funcionamento do organismo. Lembra uma gravata borboleta e localiza-se na base da região anterior do pescoço. O desenvolvimento de nódulos não necessariamente está relacionado a alterações de produção hormonal, e esses podem ser benignos (maioria das vezes) ou malignos (cânceres).

Sinais e sintomas
Aumento do volume da porção anterior do pescoço, nódulos palpáveis no pescoço ou visíveis como lesões que se movimentam ao se falar e engolir, incômodo ao engolir e respirar e rouquidão (em casos volumosos ou cânceres invasivos). Na maioria das vezes os nódulos - se não relacionados à alteração da função - são assintomáticos e diagnosticados em exames de ultrassonografia de rotina.

Fatores de risco
Histórico familiar para câncer de tireoide e antecedente de exposição à radiação especialmente na infância e adolescência (como exames de imagem repetidos com emprego de radioatividade ou tratamento prévio com radioterapia na região do pescoço). Na maioria dos pacientes, no entanto, o fator desencadeante não é reconhecido. Aqueles com histórico de tireoidite e hipotireoidismo de longa data têm riscos maiores de desenvolvimento do câncer desta glândula. 

Qual profissional procurar
Cirurgião de cabeça e pescoço.

Como prevenir
Hábitos de vida saudáveis, check ups de rotina, consultas periódicas com o especialista se alguma disfunção glandular, autoexame do pescoço.

Detecção precoce
Por meio de exames de ultrassonografia cervical, especialmente em grupos de indivíduos com fatores de risco.

Diagnóstico
Realizado por meio da punção aspirativa por agulha fina dirigida aos nódulos e análise do material aspirado.

Tratamento
Retirada cirúrgica da tireoide com possibilidade de complemento do tratamento com radioiodoterapia, definido caso-a-caso. Conta com excelente prognóstico na maioria dos casos, se com diagnóstico precoce e adequadamente tratado.

Informações: Dra. Beatriz Cavalheiro.

O câncer primário de vagina (cavidade interna da genitália feminina) é raro, acometendo na maioria das vezes mulheres na pós-menopausa, sendo geralmente associado ao câncer de colo uterino.

Sinais e sintomas
Pode ser sintomático (sangramento vaginal irregular, ou durante relação sexual, dor pélvica ou sintomas urinários e intestinais), ou não ter sintoma algum nos estádios iniciais.

Fatores de risco
Idade (geralmente acima dos 60 anos), adenose vaginal, infecção por HPV, câncer de colo do útero, HIV, tabagismo e alcoolismo.

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita anual ao Ginecologista para rastreio, que se dá através do exame físico e de colpocitologia oncótica (Papanicolau), à semelhança do câncer de colo de útero.

Como prevenir
No sistema único de saúde (SUS), a vacina do HPV é disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos, sendo o método mais eficaz de prevenção. Para pessoas imunossuprimidas, a vacina é fornecida até 26 anos. A coleta do Papanicolau é também uma maneira de prevenção. Manter hábitos de vida saudáveis (não fumar, não beber, exercícios regulares e alimentação saudável).

Detecção precoce
Por tratar-se de um câncer raro e na maioria das vezes não apresentar sintomas até que já esteja em fases avançadas, a melhor maneira de detecção precoce ainda são os exames rotineiros ginecológicos. Muitas vezes o rastreamento para câncer de colo útero (Papanicolaou) pode também detectar o câncer de vagina.

Diagnóstico
Por exame físico e/ou Papanicolaou seguidos de uma biópsia para confirmação.

Tratamento
O tratamento e o seguimento variam de acordo com as lesões encontradas e o grau de acometimento da doença. A ressecção cirúrgica é uma das opções de tratamento mas muitas vezes não é possível sem que haja prejuízo da bexiga ou intestino. Nesses casos o tratamento com radioterapia é preferido inicialmente.

Informações: Dra. Mariana Camargo

Vulva e a parte mais externa da genitália feminina, formada pelos grandes e pequenos lábios e clitóris. O câncer de vulva acomete mulheres mais idosas, geralmente na pós-menopausa.

Sinais e sintomas
O principal sintoma é o prurido (coceira) vulvar, que não melhora. Pode haver tumoração visível, nódulo ou área hipercrômica ou irregular local, que é sentida ao fazer higiene. No entanto, grande parte das mulheres não apresenta sintoma algum, e quando procuram o médico já se apresentam tumor avançado.

Fatores de risco
Pode causada pelo vírus HPV - com transmissão predominantemente via sexual, sendo precedinas pelas VINS (neoplasia intraepitelial vulvar), ser oriunda de melanoma (mancha escura) ou de um tumor nas glândulas de Bartholin.

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita anual ao Ginecologista para exame físico, mesmo nas senhoras que não tenham mais indicação de coleta de material para citologia oncótica (Papanicolau). Em caso de prurido, incomodo ou sentir algum “caroço” no local, antecipar a ida ao médico.

Como prevenir
Se diagnosticada precocemente, as VINs dificilmente evoluem para câncer de vulva. Nos casos de melanoma ou tumor de glândula de Bartholin, o exame físico detecta o câncer em estádio inicial.

Detecção precoce
Não existe exame de rastreamento para o câncer de vulva, sendo o exame físico o mais importante para identificar tumor em fase inicial, o que aumenta as chances de cura após o tratamento.

Diagnóstico
É feito pelo exame criterioso da vulva (vulvoscopia) e pela biopsia da lesão ou área alterada.

Tratamento
O tratamento é cirúrgico, pela retirada da lesão (vulvectomia) com margens de segurança e, se necessário, retirada dos linfonodos inguinais e/ou pélvicos. Em grandes tumores, pode ser necessário rotação de retalho para cobrir a região ressecada. Nos casos avançados, pode ser realizado complementação ou tratamento único com radio, braquiterapia ou quimioterapia.

Informações: Dra. Mariana Camargo

Diretora Médica: Dra. Lilian Arruda - CRM 147953    |    © Copyright 2023 | IBCC Oncologia