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Linfoma Não-Hodgkin: heterogêneo, imprevisível, mas curável
Médica do Departamento de Hematologia e Transplante do IBCC, explica: logo que diagnosticada, é considerada uma das doenças que melhor responde ao tratamento quimioterápico.
Os linfomas são neoplasias malignas que acometem o sistema linfático (gânglios, amígdalas, baço, fígado, medula óssea, etc), que é o sistema responsável pelo combate às infecções. Eles acometem ambos os sexos, em qualquer fase da vida, sendo mais comum em pessoas com idade avançada e que tem a imunidade baixa, como por exemplo, portadores de HIV e transplantados.
Existem 2 grandes grupos de linfomas, Hodgkin e Não Hodgkin. O Linfoma Não Hodgkin é o mais comum. Trata-se de uma doença bastante heterogênea, com mais de 40 subtipos, tendo cada um diferente nível de gravidade.
De acordo com a Dra. Maria Cristina de Almeida Macedo (médica do Departamento de Hematologia e Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas do IBCC – Instituto Brasileiro de Controle ao Câncer), os sintomas podem ser variados, dependendo da sua localização no corpo, e os sintomas e sinais podem ocorrer lenta ou rapidamente, a depender do subtipo do Linfoma. O sintoma mais comum, e que já pode ser um alerta ao paciente, é o aumento dos gânglios (caroços) na região do pescoço, virilha e axila.
Outros sintomas seriam falta de ar e tosse, devido ao aumento de gânglios na região interna do tórax, que pode pressionar a região, inchaço no abdômen ou saciedade após uma pequena refeição, em decorrência do aumento de gânglios abdominais ou do baço que podem comprimir o estômago. Além disto, a pessoa pode ter febre, perda de peso, sudorese (transpiração excessiva) e coceira.
“É importante ressaltar que os linfomas Não-Hodgkin, apesar de pertencerem ao mesmo grupo de doença, podem apresentar sintomas com características especificas e o quadro clínico do paciente pode ser diversificado. Por exemplo, pessoas acometidas com linfomas difuso de grandes células B, o mais comum entre os linfomas Não-Hodgkin agressivos, tendem a ter o crescimento do tumor mais rápido, enquanto que pacientes com linfomas foliculares, o mais comum entre os linfomas indolentes, tendem a apresentar os sintomas de forma mais protraída”, explica a Dra. Maria Cristina.
A identificação do tipo de linfoma, o tempo de crescimento do tumor, a idade do paciente, entre outras características, é que vai determinar qual tratamento o paciente será submetido. É importante a conscientização de que cada paciente, mesmo apresentando o mesmo tipo de linfoma ou estágio da doença, pode responder a um tratamento diferente, apresentando resultados distintos.
Subtipos da doença e tratamento
A diversidade de células malignas fez com que a doença fosse agrupada em subtipos de acordo com a progressão do tumor: lento (indolente), crescimento rápido (grau intermediário) e o alto grau (extremo ou agressivo).
Progressão Indolente (pode demorar meses a anos para crescer): o tratamento pode ser adiado e o paciente pode ficar somente em observação e acompanhamento contínuo ou pode precisar de quimioterapia. Nos Linfomas de graus intermediário ou alto grau (crescimento em dias a semanas/poucos meses): o tratamento deve ser iniciado rapidamente com quimioterapia. Para a maioria dos Linfomas, pode-se ainda associar o uso de um medicamento que age como um míssil direto na célula maligna (linfomas que apresentam células B). Em geral, o tratamento dura cerca de 6 meses. Em casos específicos ou na recaída pode-se precisar de um transplante de células tronco hematopoiéticas como parte do tratamento. “É interessante que quanto mais rápido for o crescimento do Linfoma, mais rapidamente ele costuma responder ao tratamento. A chance de cura é enorme”, completa a médica coordenadora do ambulatório de Linfoma do IBCC.
Fonte: Dra. Maria Cristina de Almeida Macedo médica do Departamento de Hematologia e Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas do IBCC (Médica Doutorada em Hematologia e Transplante pelo Hospital das Clínicas de São Paulo).