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O IBCC intensifica alerta para importância do diagnóstico precoce ao tipo de câncer que representa quase 30% dos casos oncológicos no homem
O sr. Osmar Dias Jr. é autônomo, casado e tem 4 filhos. Quando descobriu o câncer há exatamente 1 ano, com 65 anos em estádio IV com metástase nos ossos e linfonodal, fazia mais de 5 anos que não visitava o urologista. Passou por duas cirurgias, seis sessões de quimioterapia em tratamento via protocolo de pesquisa clínica no IBCC. Hoje faz acompanhamento trimestral para controle.
“Eu sentia várias vezes por dia vontade de urinar, mas pensava que era efeito do remédio para controle de pressão que é diurético. Quando cheguei a ir de 5 em 5 minutos no banheiro e não conseguia urinar de forma satisfatória procurei o médico, fiz o exame de toque e ultrassom que detectou. Infelizmente nós não paramos pra pensar que pode acontecer com a gente. A briga é com a nossa mente, tenho bastante autocontrole e me questionava o tempo todo sobre o porquê não ter procurado o médico antes”, desabafa Osmar.
Segundo ele, entre os homens é um tabu muito grande falar da prevenção. “Temos que fazer consultas todo ano porque pode acontecer com qualquer homem. E quem já descobriu lute, a medicina tem muitos recursos, estou muito satisfeito com a assistência no IBCC. Tirei muitas lições com o câncer, parei para me cuidar mais e recebi total apoio da minha família”, finaliza.
Como rastrear?
O rastreamento da doença deve começar a partir dos 50 anos de idade na população em geral e a partir dos 45 anos se apresentar familiares com diagnóstico de câncer de próstata, ou se for da raça negra. Os exames de pesquisa do câncer de próstata devem ser realizados todo ano, que seriam o exame do toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico). O toque retal permite avaliar se há a presença de nódulos (caroços) na próstata, o que são bastante sugestivos de câncer, chegando a 90% de chance de ser câncer. O PSA é realizado através da coleta de sangue do paciente e quando aumentado suspeita-se de câncer em aproximadamente 35% dos casos, em determinada faixa de valores.
O diagnóstico é realizado exclusivamente através da biópsia da próstata, indicada pelo médico após analisar os exames de rastreamento. Nela, é possível analisar se nos fragmentos extraídos possui células tumorais. O tratamento vai depender do estágio da doença, das doenças associadas e da idade do paciente. Em fases iniciais são tratadas basicamente com cirurgia ou radioterapia associada a hormonioterapia. Nas fases avançadas com hormonioterapia e quimioterapia.