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Aposentado destaca: “Se não fosse o meu dentista, não teria descoberto de maneira precoce um câncer na laringe”
Apesar de uma certa rouquidão que o incomodava, Antônio Felix da Costa, 57 anos, morador do Itaim Paulista, região Leste da cidade de São Paulo, pensava que seria mais uma consulta de rotina com o dentista, em junho de 1998. Foi quando o odontologista perguntou há quanto tempo ele estava assim e orientou que procurasse um otorrinolaringologista. Assim fez o aposentado e na consulta com o especialista descobriu, de forma precoce, um tumor na laringe. Antônio foi encaminhado ao IBCC Oncologia, local em que passou a receber tratamento, em março de 1999. “Descobri o problema em abril do mesmo ano e se não fosse o meu dentista, não teria descoberto de maneira precoce um câncer na laringe”, conta. Fez exames, estadiamento do câncer, passou por sessões de radioterapia e a cirurgia, realizada precocemente, foi o que contribuiu para que Antônio fosse curado.
Aos cuidados da Dra. Beatriz Cavalheiro, médica cirurgiã de cabeça e pescoço do IBCC oncologia ele seguiu o tratamento. “Ela está comigo há 17 anos e eu continuo aqui seguindo em frente, tocando o barco, nessa experiência desafiadora e muito gratificante para mim. Só tenho a agradecer por todo o carinho e atenção que recebo e já recebi do IBCC Oncologia”, destaca Antônio, ao acrescentar que hoje faz apenas acompanhamento, com idas, semestrais e agora na nova Unidade da Vila Mariana.
A Dra. Beatriz ressalta que a descoberta da doença logo no início foi o que salvou a vida do aposentado. “O Antônio nos procurou em 1999, aos 35 anos de idade, após perceber rouquidão progressiva por cerca de dois meses. Foi feito o diagnóstico de um câncer da laringe, em estágio inicial, o que permitiu uma ressecção parcial do órgão, com preservação de parte das pregas vocais. Ele precisou permanecer algumas semanas com uma traqueostomia e complementou o tratamento com radioterapia. Hoje mantém o seguimento regular conosco e pode ser considerado curado, embora a rouquidão tenha permanecido pelo tratamento”, declara a médica.
“Essa é uma boa história para que as pessoas fiquem atentas aos sinais os quais o corpo nos dá. A gente deve avaliar frequentemente a região da cabeça e do pescoço. O indivíduo deve fazer o autoexame – checagem feita com ajuda de um espelho e boa iluminação, no interior da cavidade oral, incluindo a parte superior e inferior da boca, todas os lados da língua, a gengiva e o revestimento das bochechas”, complementa a Dra. Beatriz.
De acordo com ela, “É preciso atenção especial aos sintomas como sangramento na mucosa oral ou nasal; afta, ferida e rouquidão que não cicatriza por 15 dias; dor ao engolir; caroços que surgem na região do pescoço; e dor no ouvido que não melhora com o passar de duas semanas. Esses podem ser sinais que indicam a existência de um tumor de cabeça e pescoço”, ressalta.
Campanha: “Seu Corpo é sua vida. Não o destrua!”
O Julho Verde é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) que visa aumentar a conscientização das pessoas sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço. Descobrir tumores em estágios iniciais podem contribuir para que os médicos especialistas encontrem o tratamento mais efetivo ao paciente. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam 43 mil novas ocorrências da doença para 2020. O Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e celebrado todo ano em 27 de julho.