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Depressão: o que fazer para ajudar um amigo ou parente com a doença

29 de abril

depressão é um distúrbio afetivo onde, no sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima que aparecem com frequência e afeta mais de 10% da população mundial. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 11,5 milhões de brasileiros sofrem com a depressão. 

A experiência com a doença varia de pessoa a pessoa, de acordo a sua intensidade e tempo de duração, idade e predisposição genética do indivíduo. Para a pessoa com depressão, alguns dos momentos mais difíceis são quando estão em crise e, durante esse período, podem ocorrer alguns dos sintomas como: choro permanente, tristeza profunda, desesperança e isolamento e, em casos extremos, tentativas de suicídio. Nessas situações, quem está por perto tem um papel muito importante de acolher, fornecer escuta a pessoa e se mostrar disponível para ajudá-la.

Para saber se um indivíduo está em estado depressivo profundo, alguns sintomas aparecem com mais frequência, dentre eles:

 Tristeza acompanhado de um humor depressivo e persistente;
 Perturbações do ciclo do sono (insônia ou excesso de sono);
 Distúrbio de apetite (aumento ou diminuição);
 Sentimento de culpa;
 Pensamento desacelerado, desarticulado e diminuição da concentração;
 Angústia, apatia e ansiedade;
 Irritabilidade;
 Isolamento social.

No aspecto físico também pode-se notar, em alguns casos, o ganho ou perda de peso, movimentos involuntários e até dores no corpo sem explicação.

O que fazer para ajudar um amigo ou parente com depressão?

Além do acolhimento e escuta daquele que está em crise, existem outras formas de ajudar a quem está com a doença. Mesmo que as suas intenções sejam as melhores, lembre-se que elas não substituem o tratamento com um especialista na área, por isso é fundamental estimular que a pessoa procure ajuda de um profissional (psicólogo e/ou psiquiatra).

depressão não é um transtorno simples, nem frescura ou uma tristeza passageira que pode ser superada sem ajuda. Mas é tratável. Mesmo que no início do tratamento, exista um período de adaptação, em que pode ser difícil que a pessoa enxergue uma saída, é importante lembrá-la que, na grande maioria dos casos, o tratamento funciona. 

O álcool e as drogas podem se tornar válvulas de escape diante do sofrimento vivenciado e podem piorar o quadro devido ao seu efeito depressor. Procure estimular o seu amigo a socializar, se distrair e realizar algum tipo de atividade física, o que auxilia a melhora do humor e da qualidade de vida.  

Mostre-se presente, esteja disponível para a pessoa e mantenha contato. Estimule ela a se juntar a você em atividades do dia a dia. Ou atividades que promovam bons sentimentos e sejam interessantes para a pessoa, mesmo que em um primeiro momento a pessoa não demonstre tanto interesse como usualmente mostraria. É comum que o indivíduo deprimido se isole e perca interesse em atividades diárias. Em casos de depressão grave os indivíduos podem apresentar pensamentos de morte e ou ideação suicida. Por isso é importante validar e manter-se atento a qualquer tipo de comentário relacionado a desejo de morrer e desesperança. Nesses casos, converse com seu amigoforneça escuta e o estimule a procurar ajuda profissional o quanto antes além de avisar a família, o psicólogo ou o psiquiatra responsável pelo caso, se já houver acompanhamento profissional. 

autoconhecimento e a psicoterapia nos ajudam a lidar com as nossas emoções e podem auxiliar no desenvolvimento de recursos emocionais que facilitem a compreensão e acolhimento de outras pessoas de forma empática. Porém, não devemos confundir nosso papel com de especialistas. Devemos ter em mente nossas limitações como amigos e familiares, e estimular que o amigo mantenha acompanhamento especializado. A psicoterapia também pode auxiliar quem convive com alguém que tenha um quadro depressivo, pois não é incomum apresentar ansiedades e sentimento de impotência diante do desejo de auxiliar a pessoa querida. Precisamos compreender que o tratamento desse quadro é algo singular e depende do processo de acompanhamento psicológico e psiquiátrico que o sujeito irá realizar.

Diretora Médica: Dra. Lilian Arruda - CRM 147953    |    © Copyright 2023 | IBCC Oncologia