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Tratamento contra câncer de próstata pode ser menos complicado do que você imagina; entenda!

28 de novembro

Um homem morre da doença no Brasil a cada 38 minutos, informa o Inca; especialistas do São Camilo SP dão dicas de como realizar um tratamento menos invasivo

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Caracterizada por uma glândula abaixo da bexiga e parte do sistema reprodutor masculino, a região precisa de atenção e cuidado.

Conforme o Inca, são mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil entre 2020 e 2022. Ao mesmo tempo, foram mais de 15 mil mortes decorrentes da doença. O instituto ainda calcula que, em média, um homem morre no país a cada 38 minutos, devido ao quadro.

O câncer de próstata representa um em cada cinco casos de câncer entre a população masculina. Os pacientes acima dos 50 anos e com histórico familiar positivo são os de maior risco”, afirma Dr. Felipe Cruz, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Sintomas relacionados a alterações urinárias são indícios de seu aparecimento no organismo. Com isso, torna-se comum idas frequentes ao banheiro para urinar, além de dores durante a ação. O diagnóstico se dá a partir do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) e, em alguns casos, por meio de biópsia prostática.

Para o tratamento dos casos diagnosticados, existem opções como cirurgia, conhecida como prostatectomia, que consiste na retirada da próstata; ou radioterapia. “A melhor escolha depende muito de fatores como idade e comorbidades de cada paciente”, afirma o oncologista.

Por ser uma cirurgia delicada, quando essa opção passa a ser a principal forma de cura, é necessário pensar para além do momento. Para isso, o ERAS (Enhanced Recovery After Surgery), que ainda é novidade para a realização do procedimento no Brasil, faz toda a diferença.

O ERAS é uma modalidade de pensamento. É uma otimização pré-operatória e o objetivo é basicamente melhorar a qualidade e a segurança na assistência do paciente cirúrgico. Porque, quando melhoramos isso, reduzimos complicações no pós-operatório, o tempo de internação hospitalar e otimizamos a recuperação”, explica o Dr. Luiz Fernando Falcão, anestesista da Rede de Hospitais São Camilo SP.

Até sair do hospital, o paciente passa por uma jornada que começa no pré-operatório, com a sua preparação, depois segue com o intraoperatório, onde ocorre a cirurgia, para assim experenciar o pós-operatório, em que ocorre a sua recuperação de forma mais rápida.

Esse mesmo paciente diagnosticado com câncer de próstata não segue com atendimento apenas do cirurgião. Tem o urologista, o anestesista, o enfermeiro, o nutricionista, entre outros. Existe uma equipe multidisciplinar que trabalha com o paciente para a cura da doença dele, durante uma jornada inteira. Todo o time trabalha de forma sincronizada”, reitera o anestesista.

O mindset não está restrito apenas às cirurgias para câncer de próstata. O Hospital São Camilo SP, por exemplo, tem a certificação do ERAS para cirurgia bariátrica, mas oferece assistência para diferentes especialidades.

Essas condutas clínicas e assistenciais são protocolos baseados nas mais recentes evidências médicas, a fim de ajudar o paciente que necessita de cirurgia. Para isso, tudo é pensado durante a estadia no hospital e os cuidados vão desde a alimentação e hidratação do paciente até o controle exato de drogas e anestesia aplicada.

A recuperação do paciente não é apenas do ponto de vista clínico. Claro que ela é fundamental, mas é importante que a recuperação seja rápida e que o paciente não fique tanto tempo internado, sofrendo risco de infecções. Esse método só veio para agregar”, complementa o Dr. Guinther Giroldo Badessa, anestesista e diretor clínico da Rede São Camilo SP, unidade Santana.

Como cada pessoa é única, a ideia é trazer soluções específicas, para problemas específicos. Em casos de câncer de próstata, os pacientes mais idosos, por exemplo, têm mais complicações. Assim, o ERAS busca evidenciar cirurgias menos invasivas e que também colaborem para uma recuperação mais rápida.

Nesse caso, trabalhamos a cirurgia robótica. Quem conduz é o médico, mas quem está de fato operando é o robô. Quanto menor o tempo cirúrgico, melhor para o paciente. Quanto melhor o protocolo de otimização, melhor para ele também”, ressalta Guinther.

O uso de tecnologia, somado a todos os cuidados, resulta em um atendimento integrado e que facilita o tratamento do paciente, colaborando para uma melhor qualidade de vida e tornando os processos complexos mais eficazes.

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