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Por que todos que atuam no ambiente hospitalar devem conhecer as 6 Metas? Falar sobre Segurança do Paciente não envolve apenas quem está diretamente na assistência, mas todos que estão inseridos na área da saúde. No anfiteatro do IBCC, coordenadores e supervisores assistenciais conduziram capacitações esta semana em diferentes horários para contemplar todo o público institucional a fim de multiplicar as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente, preconizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A aplicabilidade das metas é imprescindível para uma assistência de qualidade, já que no Brasil, 1 a cada 10 pacientes internados sofrem eventos adversos de acordo com o Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP), o que representa 1,7 milhões de pessoas por ano.
A Meta 1 aborda a identificação correta do paciente. No IBCC ela acontece por meio de pulseira ou por etiquetas colocadas no tórax do paciente. Utilizamos dois identificadores na Instituição – nome completo do paciente e a data de nascimento. A identificação do paciente deve ser verificada antes da realização da assistência em várias situações, como por exemplo: antes da entrega de dietas, laudos de exames, instalação de hemocomponentes, aplicação de medicamentos, etc…). O Enfermeiro Jackson, supervisor assistencial ressaltou a importância em não dizer o nome do paciente para confirmação, mas esperar que o mesmo se identifique e diga sua data de nascimento, evitando a indução ao erro.
A Meta 2 fala sobre a importância da comunicação efetiva, que deve ser padronizada, eficaz, oportuna, precisa e completa, sem ambiguidade e totalmente compreendida pelo receptor. “Principalmente em situações como comunicar exames críticos, passagens de plantão e transferências internas”, destacou o enfermeiro.
A Meta 3 nos fala sobre melhorar a segurança das medicações de alta vigilância, já que alguns medicamentos têm maior risco de causar dano se usarmos de maneira inadequada. É preciso armazenar separadamente, identificar de forma diferenciada, rastrear, manter alertas na prescrição e a conferência do farmacêutico da dose e via de administração.
A Meta 4 nos auxilia a assegurar que as cirurgias serão realizadas com o local correto, paciente e procedimento correto. É preciso seguir o Protocolo de Cirurgia Segura (check list) junto aos 10 objetivos de uma cirurgia segura, considerando o sign in (checagem antes da indução anestésica), time out (antes da incisão cirúrgica) e sign out (checagem pós cirurgia).
A Meta 5 aborda a prevenção e controle de infecções associadas aos cuidados de saúde. A forma mais simples, mais barata e eficaz é a higienização das mãos. “É preciso higienizar as mãos nos cinco momentos preconizados (antes e após o contato com o paciente, antes da realização de procedimento asséptico, após o risco de exposição a fluídos e após o contato com as superfícies próximas ao paciente”, enfatizou Jackson.
A Meta 6 reforça o risco de queda e de lesão por pressão. A queda pode ser caracterizada por qualquer movimento não intencional do corpo, com ou sem danos. A aplicação do protocolo deve ser realizada em pacientes internados, da quimioterapia e radioterapia através da Escala de Morse e para os pacientes ambulatoriais é entregue o Guia do Paciente e Folder com Orientações. A Lesão Por Pressão é outro dano que pode ocorrer e para que isto não aconteça, o protocolo de prevenção deve ser aplicado, através da escala de Braden. Os pacientes passam por reavaliações diárias para evitar a ocorrência destes eventos.
Durante a semana de capacitação mais de 655 profissionais foram contemplados com informações sobre as 6 Metas. “Envolver os colaboradores na aplicação das 6 metas, é uma forma de capacitá-los e desenvolver ações com vistas a promoção de segurança do paciente, nossa atividade fim”, concluiu Fernanda de Luca, Supervisora do Núcleo Integrado de Qualidade, Estratégia e Segurança do Paciente.