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Há alguns dias, a mídia tem noticiado que o aspartame será incluído na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como “possivelmente cancerígeno para humanos” devido a novas evidências científicas. No entanto, tanto o “US Food and Drug Administration” (FDA), quanto a “European Food Safety Authority” (EFSA), já recomendavam o seu uso com moderação. O FDA considera como seguro uma dose diária de até 50mg/kg/dia enquanto a EFSA, 40mg/kg/dia (1).
Até que tenhamos acesso aos dados completos do estudo, sugiro cautela e prudência, especialmente a pacientes diabéticos, para que não abandonem os adoçantes artificiais e retomem o uso de açúcar, o que poderia eventualmente ser ainda mais prejudicial à sua saúde. Idealmente, devemos procurar uma dieta balanceada, rica e diversa em produtos naturais, evitando-se assim o consumo excessivo de produtos industrializados. Devemos também nos lembrar de evitar os dois principais e mais potentes agentes cancerígenos já conhecidos: o tabaco e o álcool. Além disso, não podemos nos esquecer da atividade física como fator protetivo ao desenvolvimento do câncer.
Em relação a ingesta específica de aspartame, cabe esperarmos a publicação dos dados para entendermos se haverá uma redução da dose considerada como segura para o uso em seres humanos ou se realmente deveremos tomar uma atitude mais drástica e bani-lo de nossa dieta. Por ora, creio que adaptarmos o paladar para um sabor menos doce seja uma solução possível e mais saudável, com o uso de menos açúcar e adoçantes artificiais no nosso dia a dia.
1 https://www.cancer.org/cancer/risk-prevention/chemicals/aspartame.html
Dr Márcio Kawano
CRMSP 112994