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Quem já visitou a Unidade do IBCC se sente em casa, é assim a definição da maioria das pessoas que conhece as instalações e os espaços acolhedores da instituição. Um dos pontos fortes da atuação da Unidade é na humanização do acolhimento, proposta de atividades laborais, artesanais e de interatividade, já que a maioria dos pacientes permanecem por longos períodos de internação.
O projeto “Tricotando em casa” surgiu a partir da formação de um grupo com foco nas atividades manuais (tricot e bordado). “Nós observamos que algumas pacientes realizavam essas atividades de forma individual, no leito, e a partir daí criamos o projeto com uma proposta ampliada reunindo todos os que gostam da atividade para interação”, destaca a coordenadora assistencial da Unidade, Fabiane Jerônimo.
Em média 11 pacientes se reúnem para a atividade nas terças-feiras com duração de 02h30min, sendo os últimos 30 minutos destinados a um lanche ofertado pela equipe do Serviço de Nutrição e Dietética (SND) e foi acrescentada a pintura em panos de prato para os participantes que receberam a atividade muito bem. “Entendo que as atividades grupais estimulam os pacientes em vários aspectos, como: resgate de história de vida, interação social, criatividade e qualidade de vida”, afirma Gilmar Rodrigues, Psicólogo do IBCC Jaçanã).
“Para o Serviço Social, a atividade é importante para trabalhar a socialização, troca de experiência e interação”, complementa Patricia Nazaré, Assistente Social. Outros profissionais também têm atuação de destaque, como a fonoaudiologia promoção e estimulação de fala por meio da comunicação durante o grupo e a Terapia Ocupacional que utiliza essa proposta para diversos aspectos da reabilitação, desde movimentos finos até viso espaciais.
Dona Antônia de Oliveira tem 90 anos e declara: “É bom a gente ter uma ocupação, porque a gente trabalha um pouco a cabeça, aqui é um hospital que não deixa as pessoas tristes”, destaca. Marcia Aparecida Bonasio, de 63 anos acrescenta: “Eu gosto muito, eu me sinto bem de estar lá no grupo”, frisa.
Maria José da Silva tem 84 anos e diz que gosta de praticar o Tricotando em Casa. “Ali a gente esquece da vida, mesmo pintando errado. As vezes até uma pessoa com uma mão só consegue pintar, pra pintura dá”. João Santos de Carvalho de 66 anos também participa. “Pra mim é super bom, porque eu estou aprendendo muita coisa, cada dia eu estou melhor, cada dia fica melhor”, conclui.