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Da suspeita ao tratamento: saiba mais sobre o câncer de ovário

11 de maio

Por ser um dos tumores de mais difícil diagnóstico, devido ausência de sintomas nas fases iniciais, o câncer de ovário pode acometer mulheres de todas as idades, sendo mais frequente nas com mais de 40 anos.

É o segundo câncer ginecológico mais comum, sendo que a maioria dos casos têm origem nas células epiteliais do ovário. Sua incidência está ligada a fatores hormonais, genéticos e também ambientais.

Alguns fatores podem fazer a paciente viver mais e ter uma melhor qualidade de vida, o mais importante seria a remoção completa de todo o tumor durante a cirurgia. E, mesmo se ocorrer uma recidiva, é possível realizar o tratamento, como outras cirurgias e quimioterapia, por exemplo“, comenta Dr. André Lopes de Farias e Silva, ginecologista oncológico do IBCC Oncologia – São Camilo.

Confira abaixo algumas informações sobre o Câncer de Ovário:

Tipos de câncer de ovário:
  – Câncer epitelial de ovário: tipo mais comum, inclui vários subtipos como: carcinoma seroso, endometrióide e mucinoso. É mais frequente nas mulheres após a menopausa, mas também pode acometer mulheres mais jovens.
  – Tumores do estroma: tumores menos frequentes, geralmente são diagnosticados em estágio mais precoce.
  – Tumores de células germinativas:  são tipos mais raros, que tendem a ser diagnosticado em pacientes mais jovens.

Fatores de risco
Existem alguns fatores que podem aumentar o desenvolvimento da doença, como: idade avançada, alterações genéticas e histórico familiar de câncer de ovário, colorretal ou mama¹, obesidade, terapia de reposição hormonal, endometriose e se a paciente nunca engravidou.

Sinais e sintomas
Geralmente é diagnosticado por alterações durante o exame de imagem, que pode apresentar cisto com área sólida em seu interior, septações ou conteúdo irregular.

No diagnóstico tardio, que corresponde de 70% a 80% dos casos, a paciente pode apresentar:
  – Perda de peso;
  – Inchaço abdominal;
  – Fadiga e dor nas costas;
  – Sensação de estômago cheio ao comer;
  – Dor ou desconforto na região pélvica;
  – Constipação e alteração do hábito intestinal;
  – Necessidade frequente de urinar.

Como prevenir
Manter bons hábitos de saúde e alimentação, não fumar, manter um peso adequado, praticar atividades físicas regularmente são formas de prevenção de diversos tipos de câncer, inclusive o de ovário.

O uso de pílulas anticoncepcionais pode reduzir o risco de câncer de ovário, porém é importante conversar com o médico ginecologista para verificar se a indicação se aplica ao caso da paciente.

Para quem tem mutação do BRCA, recomenda-se a retirada das tubas e ovários
Procure um especialista se houver suspeita.

Detecção precoce
Apesar de não termos um exame específico para o diagnóstico precoce, a detecção do câncer de ovário é feita por exame clínico e radiológico, geralmente ultrassom transvaginal que detecta alterações ovarianas.

A realização do Papanicolau serve para diagnóstico de câncer do colo uterino, mas também deve ser realizado pela paciente conforme orientação médica

Diagnóstico
O diagnostico se dá pela biopsia (anatomopatológico) do cisto ou tumor ovariano, ou do ovário por inteiro retirado após a cirurgia.
Caso o diagnóstico seja feito em fase inicial, as taxas de sobrevida em 5 anos podem chegar a mais de 90%.

Qual profissional procurar
Recomenda-se visita anual ao Ginecologista para exame físico. O exame de ultrassonografia detecta aumento do volume ovariano ou tumorações suspeitas. Caso haja sintoma de dor pélvica procurar o médico com brevidade.

Tratamento
O tratamento do câncer de ovário é uma combinação de cirurgia e quimioterapia. Dr. André completa: “O que pode modificar é a ordem, as vezes começamos com a cirurgia seguido da quimioterapia e as vezes começamos com quimioterapia para em seguida realizar a cirurgia.”
Para quem tem mutação do BRCA, recomenda-se a retirada das tubas e ovários. “Recentemente um trabalho demonstrou que a retirada das tubas de ‘oportunidade’, ou seja, em quem vai fazer alguma outra cirurgia, pode reduzir o risco de câncer de ovário“, comenta.

¹Os genes que aumentam o risco de câncer de ovário incluem BRCA1 e BRCA2. Esses genes também aumentam o risco de câncer de mama. Algumas outras alterações genéticas, incluindo síndrome de Lynch, são conhecidas por aumentar o risco de câncer de ovário. Atualmente, existe a recomendação que todas as mulheres com câncer epitelial dos ovários sejam submetidas a teste genético.

Diretora Médica: Dra. Lilian Arruda - CRM 147953    |    © Copyright 2023 | IBCC Oncologia