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Precisamos falar de cuidados paliativos

20 de junho

Cuidados Paliativos são uma abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento.

O objetivo dos cuidados paliativos é oferecer a dignidade e conforto quando não há mais chances de cura. O foco é a qualidade, não a duração da vida a qualquer custo. A morte é compreendida como um processo natural e inevitável, mas que pode acontecer com o menor sofrimento possível. Os cuidados paliativos oferecem a possibilidade de o indivíduo e sua família compreenderem todo o processo da doença e permite mudar o foco, em busca de uma vida digna no tempo que resta.

Dessa forma, os cuidados paliativos auxiliam pacientes e familiares a:
– Ter mais autonomia e menos sofrimento durante todo o processo da doença incurável e ameaçadora da vida;
– Manter a dignidade, respeitando os valores e o que faz sentido ao indivíduo;
– Modular as emoções e lidar melhor com medos, esperanças e expectativas;
– Lidar com as perdas e na elaboração do luto;

Quando os cuidados paliativos são indicados
Os cuidados paliativos são indicados à pacientes com doenças que ameaçam a vida sem possibilidade de cura, em que não há mais tratamentos disponíveis que possam modificar o curso da doença. São colocados na balança os benefícios e malefícios de tratamentos, exames e procedimentos invasivos para manutenção da vida artificialmente, considerando, além do conhecimento técnico-científico da equipe multidisciplinar, os valores do paciente.

Como são realizados os cuidados paliativos
Os cuidados paliativos envolvem a equipe multidisciplinar, o paciente e a família em um plano de cuidados individualizados para cada caso, respeitando sua condição de saúde, nível de autonomia, vontades e necessidades do paciente.

O foco dos cuidados paliativos é no controle de sintomas desagradáveis causado pela doença de base e na manutenção do máximo de funcionalidade e autonomia do indivíduo de modo a oferecer uma vida mais ativa enquanto for possível.

Alguns pacientes em cuidados paliativos podem ainda realizar tratamentos com terapias modificadoras da doença. Em casos assim, são construídos vínculos entre o paciente e a equipe, o que permite que suas escolhas, dores e medos sejam melhor conhecidos pelos profissionais que o acompanham, permitindo a elaboração em conjunto o plano de cuidados para manter a qualidade de vida frente a uma piora do quadro clínico.

Escolha
Um dos preceitos dos cuidados paliativos é oferecer o máximo de autonomia do paciente sobre sua vida. Por isso, quando se opta por uma abordagem em cuidados paliativos, busca-se conhecer a fundo o paciente e sua família, de modo a sempre respeitar suas vontades, valores e necessidades.

Quanto mais cedo for iniciado o acompanhamento, mais a equipe conhecerá o paciente e o que ele prefere para si. Isso evita que uma eventual perda cognitiva dificulte que ele faça escolhas. Quando o paciente não tem mais a capacidade de expressar suas vontades, há uma busca pela história, bibliografia, personalidade, fatos contados pela família e acompanhantes, que são fontes para entender esse paciente e como ele gostaria que fosse tratado nesse momento.

O paciente em cuidados paliativos é conduzido, sempre que possível, com informação e entendimento sobre todo o processo. O tratamento deve ser acolhedor, de modo que o paciente não se sinta abandonado, mas sim bem cuidado diante dos desafios e dificuldades causados pela doença.
Embora os sofrimentos físicos, emocionais, sociais e espirituais existam na vida dos pacientes com doenças incuráveis, sempre há a possibilidade de acolhimento e tratamento com medicações especializadas, terapias não farmacológicas e atenção que os cuidados paliativos oferecem.

Diretora Médica: Dra. Lilian Arruda - CRM 147953    |    © Copyright 2023 | IBCC Oncologia