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Realizada pelo Núcleo de Pesquisa Clínica da Rede de Hospitais São Camilo SP, pesquisa aponta maior propensão à intubação e risco elevado de mortalidade deste grupo
Diante dos desafios impostos pela pandemia da Covid-19 à comunidade médica e científica, diversas pesquisas foram conduzidas a fim de aperfeiçoar técnicas e diretrizes para o cuidado de pacientes com outras doenças e comorbidades, mais propensos ao agravamento do quadro infeccioso. Este foi o objetivo do estudo conduzido pelo Núcleo de Pesquisa Clínica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. Publicado em recente edição da Revista Einstein, o trabalho desenvolvido pela equipe de pesquisadores visou alertar para a vulnerabilidade dos pacientes oncológicos no cenário de pandemia, abordando aspectos clínicos e epidemiológicos associados ao pior desfecho da Covid-19. O estudo avaliou 105 pacientes com idade entre 18 e 92 anos. Com taxa de mortalidade geral de 40,95%, os pesquisadores identificaram maior prevalência entre pacientes do sexo masculino e com baixo nível de performance status, tendo a dispneia como sintoma inicial mais frequente (em 30,4% dos casos). “Nossos dados contribuíram para as nossas adaptações institucionais e uma seleção mais adequada de pacientes, que podem se beneficiar de isolamento mais rigoroso e eventual descontinuação do tratamento anticâncer para reduzir exposição à infecção”, explica a oncologista e pesquisadora Dra. Lilian Arruda do Rego Barros, responsável pela condução do estudo. Dra. Lilian frisa que estudos anteriores já relatavam riscos mais elevados de graves eventos em pacientes com câncer em tratamento, com dados que sugerem o aumento do risco de mortalidade devido à Covid-19. A especialista destaca que uma análise realizada com pacientes com câncer que foram contaminados pelo novo Coronavírus revelou, ainda, que esse grupo tinha propensão maior à intubação. Com relação aos subtipos de câncer, a pesquisadora aponta que a mortalidade foi mais elevada em casos de neoplasias hematológicas e câncer de pulmão. No entanto, diz que não foram encontradas associações entre o tipo de tratamento realizado e a taxa de mortalidade.
“A partir daí, passamos a pesquisar e desenvolver diretrizes com o objetivo de minimizar os impactos da pandemia entre os pacientes oncológicos, aprimorando o atendimento tendo em vista as necessidades específicas desse público em um momento tão delicado para a saúde global”, finaliza.